"Cancelaremos o revezamento da tocha em Matsuyama", disse o governador de Ehime, na ilha de Shikoku, da qual Matsuyama é a maior cidade. "Celebraremos a chegada da tocha de uma maneira que não envolva o público", completou.
Os serviços médicos de emergência da região de Ehime estão sob "pressão extrema", afirmou Nakamura, antes de destacar que a sua decisão foi aceita pelo Comitê Organizador de Tóquio-2020, que não fez nenhum comentário público até o momento. O revezamento da tocha olímpica começou em 25 de março, em Fukushima (região nordeste do Japão), e deveria passar por Matsuyama no próximo dia 21.
E para deixar o cenário ainda mais complicado, nesta quarta-feira o presidente da Associação Médica de Tóquio afirmou que celebrar os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 no próximo verão (no hemisfério norte) será "realmente difícil". "Se os casos de infecção continuarem aumentando, será difícil organizar os Jogos Olímpicos em sua forma atual com atletas procedentes de todos os países, mesmo sem público", advertiu Haruo Ozaki.
A advertência foi divulgada a 100 dias para a cerimônia de abertura do evento, que foi adiado em 2020 devido à pandemia do novo coronavírus. Os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 estão previstos para acontecer de 23 de julho a 8 de agosto.
Apesar das garantias dos organizadores, a persistência da pandemia e os repentinos focos de covid-19, inclusive no Japão, alteram os preparativos para os Jogos, alimentando a incerteza sobre a possibilidade ou conveniência de organizar o evento. Tóquio e outras cidades anunciaram novas restrições sanitárias e eventos-teste olímpicos foram adiados.
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