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São Paulo - Cerimônias de abertura de Olimpíadas costumam lotar estádios. Em Tóquio, como se sabe, será diferente Não haverá torcedores nas arquibancadas. Mas isso não quer dizer que o evento não terá público in loco. De acordo com o Comitê Organizador dos Jogos, cerca de 950 pessoas vão assistir ao evento no reformado Estádio Olímpico.

Este número inclui dirigentes esportivos, autoridades e jornalistas que estarão presentes no evento que começará às 8 horas (horário de Brasília) de sexta-feira. Das tribunas, eles vão poder acompanhar artistas e dançarinos em suas performances no gramado do estádio, além dos atletas.
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A organização não revelou o número de atletas que vão comparecer ao evento. Mas é certo que cada delegação levará número reduzido, justamente por causa da pandemia de covid-19. O grupo de esportistas de cada país será apenas simbólico para evitar aglomeração e manter o distanciamento social em meio ao aumento do número de casos da nova doença na capital japonesa nos últimos dias.

O governo metropolitano de Tóquio confirmou na quarta-feira 1 832 novos casos de infecções, no maior registro para um único dia desde 16 de janeiro. Em comparação com a quarta-feira da semana anterior, a contagem diária aumentou em 683 casos. Especialistas em saúde pública alertam que, se o vírus continuar a se espalhar no ritmo atual, as infecções diárias na capital poderiam atingir um recorde de cerca de 2.600 em agosto, durante a Olimpíada.

Nesta quinta, a organização revelou mais quatro casos de covid-19 dentro da Vila Olímpica, sendo dois atletas, já afastados para iniciar quarentena. Com estes novos casos, a conta de testes positivos para a covid-19 em pessoas ligadas à Olimpíada chegou a 91.

BRASIL - O Brasil terá a sua equipe reduzida ao mínimo na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. A decisão ocorre para evitar riscos aos atletas que vão competir no Japão. Assim, dos mais de 300 competidores que vão representar o País, apenas os dois porta-bandeiras e outros dois representantes do Comitê Olímpico do Brasil (COB) estarão no estádio Olímpico no desfile desta sexta-feira.

"O Time Brasil participará da Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 representado pelo número mínimo exigido de atletas e oficiais. Os porta-bandeiras Bruno Rezende (voleibol) e Ketleyn Quadros (judô) serão acompanhados pelo Chefe de Missão Marco La Porta e por mais um oficial administrativo", explicou a Missão Tóquio-2020 em nota oficial.

O Desfile das Nações costuma reunir no campo do estádio milhares de atletas dos mais de 200 países que participam dos Jogos. É inevitável a aglomeração e os competidores costumam ficar apertados em um canto, para dar espaço para que todos caibam ali Até por isso, a ideia foi minimizar riscos para que a saúde de todos seja preservada.

"A decisão foi tomada levando-se em consideração a segurança dos atletas brasileiros em cenário de pandemia, minimizando riscos de contaminação e contato próximo, zelando assim pela saúde de todos os integrantes do Time Brasil", explicou a nota.

"A missão brasileira respeita a importância e simbolismo da Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos. Bruno e Ketleyn serão legítimos representantes de toda a delegação e irão honrar os mais elevados valores olímpicos ao entrarem com a bandeira do Brasil no Estádio Olímpico de Tóquio", continuou.

Existe a possibilidade de que outros países também esvaziem o Desfile das Nações em uma cerimônia que será realizada sem a presença de público no estádio. Muitos detalhes do evento, que está marcado para as 20 horas no Japão, 8 horas no horário de Brasília, nesta sexta-feira, estão sendo mantidos em segredo.