Rogério CablocoDivulgação

Rio - A Assembleia Geral da CBF que mudou a regra da votação para presidência na entidade foi anulada pela Justiça do Rio, nesta segunda-feira. A decisão reverte a eleição de 2018 que levou Rogerio Caboclo à presidência da confederação. Com a sentença, Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, e Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol, assumem a entidade como interventores. 
De acordo com a sentença do juiz Mario Cunha Olinto Filho, da 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca do TJRJ, a mudança na regra de pontuação atribuída aos clubes da série B e confederações feitas na assembleia, a falta da convocação dos clubes da série A para a decisão, bem como a não divulgação da eleição como prevê o regulamento, tornou ilegal o pleito e, por consequência, a eleição que elegeu Cabloco, seu vice-presidente e outros dirigentes. 
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"Diante disso, cabe a nulificação da alteração estatutária que tratou da referida questão eleitoral e, por consequência, a eleição dos membros eleitos em virtude daquela, cabendo-se convocar nova assembleia para deliberar sobre o assunto. O controle é de mera legalidade, não se imiscuindo o Juízo em outras questões. Como consequência, cabe a convocação de nova assembleia para a discussão da matéria de natureza eleitoral (mantidas as matérias administrativas já decididas), para posteriormente ser convocada a eleição para os cargos de Presidente, Vice-Presidente e Diretorias. Considerando-se a nulidade do ato, a consequência é a destituição daqueles que foram eleitos",  disse o magistrado.
Os interventores escolhidos pela justiça terão 30 dias para realizar uma assembleia que irá definir as regras para uma nova eleição. Após esse encontro, serão contados mais 30 dias para um novo encontro onde serão votados os nomes para os cargos de presidente, vice-presidente e diretores. 
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Em sua defesa, a CBF foi contra a anulação com a justificativa de que todas as medidas necessárias para a execução da assembleia foram seguidos, além do fato que a ação foi proposta um ano antes do pleito que teve Caboclo como único candidato. A entidade ainda não confirmou, mas deve deve recorrer da decisão da justiça. 
Ainda segundo a sentença, até que seja feita a nova votação, os diretores que entraram junto com Cabloco seguem trabalhando. A decisão visa impedir que o futebol seja prejudicado com o afastamento, já que a entidade regula o esporte em todo país. 

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