Depois da medalha de ouro na Olimpíada de Tóquio-2020, quem atua no futebol brasileiro desembarcou na manhã desta segunda-feira (9) em São Paulo. E o assunto principal foi a polêmica dos agasalhos do Time Brasil não utilizados no pódio, o que gerou críticas até de atletas de outros esportes. Entretanto, os 11 jogadores que retornaram optaram por não falar sobre o assunto e deixaram para os dirigentes se pronunciarem.
Enquanto o goleiro Santos disse não ter autorização para falar sobre o assunto, Gabriel Menino, do Palmeiras, Claudinho, ex-Bragantino e agora Zenit, e Lucão, do Vasco, tinham resposta prontas: "Esse assunto é com a CBF".
O capitão Daniel Alves, que causou mais polêmica no domingo ao responder às críticas em um texto nas redes sociais, também deixou para a CBF tratar da polêmica dos agasalhos, mas minimizou o ocorrido.
"Esses são problemas que nós atletas não podemos resolver. São as pessoas que estão acima da gente que têm como responder. Nós estamos ali para servir. Tentamos conseguir o objetivo que a gente tanto sonhava, de colocar o Brasil em primeiro lugar. Essas são as coisas que têm que valorizar. As outras são muito pequenas para a grandeza de uma medalha de ouro", afirmou Daniel Alves.
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Em relação ao seu texto nas redes sociais, em que rebatou críticas do nadador Bruno Fratus (que chamou os jogadores de alienados) falando que não aceitariam imposições, Daniel Alves desta vez optou por um tom de conciliação.
"Nós sempre prezamos por defender o bem comum. Eu, como capitão, me senti no direito de comunicar isso. Mas eu sempre prezei para que haja investimento no esporte em geral. Com pouco investimento, os resultados são satisfatórios, o melhor de toda a história. Parabéns a todos os atletas que nos representaram e nos defenderam. Não só aqueles que conquistaram medalhas. Esse foi meu discurso durante toda a Olimpíada. Se tem alguém que preza pela igualdade no esporte, esse alguém sou eu. Tenho amigos em outros esportes e sei das dificuldades que têm por falta de apoio. Não é porque pratico futebol, mas dificilmente vai se poder comparar com outros esportes. Não pela vontade, mas o futebol tem uma maneira diferente de captar, de audiência. Não cabe a nós tentar mudar isso. Nós fazemos a nossa parte", disse o experiente lateral.
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Polêmica do uniforme Quando subiu ao pódio para receber a medalha de ouro, a seleção olímpica não utilizou o casaco da fornecedora chinesa Peak, e sim a camisa da Nike. O gesto causou irritação no COB, que pode sofrer sanções da Peak e ainda ter problemas na renovação, já que o contrato não foi cumprido (obrigatoriedade de utilizar o casaco na premiação).
Em nota, o COB prometeu tomar ações contra a CBF e o caso pode ir para a Justiça.
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