Rodolfo Landim, do Flamengo, é um dos interventores na CBFAlexandre Vidal / Flamengo

Rio - Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, e Reinaldo Carneiro, presidente da Federação Paulista de Futebol, aceitaram o cargo de interventores da CBF, nesta segunda-feira, mas não devem assumir confederação. Isso porque minutos após o anúncio o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aceitou recurso da confederação anulando a decisão em primeira instância que determinava a intervenção.
A dupla chegou a assinar um termo de de aceite em uma sessão na 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca, na Zona Oeste. Mesmo local de onde partiu a decisão da última semana, que anulou a votação que elegeu Caboclo ao posto de presidente. O desembargador Luiz Umpierre de Mello Serra, da 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça, contudo, decidiu em favor da CBF. A decisão também cabe recurso.
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Se assumirem efetivamente o posto, Landim e Carneiro terão a missão de comandar a CBF e elaborar as diretrizes do novo pleito da entidade, em até 60 dias. Sendo 30 para definição de regras e mais 30 para a execução.

"Aceitei pela importância do processo, por ser uma decisão judicial e por ter sentido o apoio dos clubes após conversamos nos últimos dias", afirmou Landim, na saída do fórum na Barra da Tijuca ao GE.
Menos de uma hora depois, o desembargador da 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça acatou recurso da entidade que controla o futebol brasileiro. A decisão anula a sentença da 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca. Com isso, a entidade continuará sob o comando do paraense Antônio Carlos Nunes, o Coronel Nunes.
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Nunes está à frente da confederação desde o início do junho, após o afastamento de Caboclo. O presidente afastado é acusado por uma funcionária da CBF de assédio sexual e assédio moral. Ele nega as acusações.
A confusão de lideranças na CBF começou na semana passada, quando o juiz Mario Cunha Olinto Filho, da 2ª Vara Cível da Barra anulou a Assembleia Geral da CBF de 2017 que mudou regras da votação para a presidência de entidade. Com isso, a eleição de Rogério Caboclo para a presidência, em abril de 2018, foi anulada. A confederação entrou com recurso contra a decisão na 17ª Câmara do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.