Rogério Caboclo pode ser punido com um gancho de até 21 meses pela Comissão de Ética da CBFDivulgação/CBF

Rio - A CBF anunciou nesta terça-feira a convocação para a Assembleia Geral que votará a punição ao presidente afastado da entidade, Rogério Caboclo. A reunião será realizada na quarta-feira do dia 29 de setembro. Denunciado por uma funcionária por assédio moral e sexual, o dirigente pode pegar um gancho de 21 meses de suspensão, sanção defendida pela Comissão de Ética da própria CBF.
Rogério Caboclo, que nega as acusações, sonha em voltar ao poder, mas perdeu o apoio nos bastidores e se voltou contra o 'padrinho' Marco Polo Del Nero, banido do futebol pela Fifa. Representantes das 27 federações que participarão da Assembleia Geral na próxima semana apresentaram no mês uma carta assinada pedindo a renuncia de Caboclo.

Em agosto, Caboclo, por meio de um recurso ao Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem (CBMA), conseguiu impedir a votação na primeira tentativa de realização da Assembleia Geral. Apesar da manobra nos bastidores, a Comissão de Ética aumentou a punição inicial de 15 meses para 21 meses.

No início do mês, Caboclo fechou um acordo de R$ 100 mil com o Ministério Público do Rio de Janeiro para evitar a denuncia der assédio sexual e moral . O dinheiro será doado a uma entidade que atua no combate à violência contra a mulher e outra que cuida de animais abandonados. Desde o dia 25 de agosto, a CBF é dirigida por Ednaldo Rodrigues, ex-presidente da Federação Baiana de Futebol. A Justiça do Trabalho do Rio puniu Caboclo com o afastamento do cargo até setembro de 2022.