Audiência online no STJD julgou o caso de injúria racial do Brusque contra Celsinho, do LondrinaReprodução

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) puniu nesta sexta-feira o Brusque com a perda de três pontos na Série B, além de multa de R$ 60 mil, por "ato discriminatório", no caso envolvendo a injúria racial contra Celsinho, do Londrina. O clube catarinense pretende recorrer da decisão no Pleno do Tribunal.
No julgamento virtual, o presidente licenciado do Conselho Deliberativo do Brusque, Júlio Antônio Petermann, depôs e admitiu ter falado "vai cortar esse cabelo, seu cachopa de abelha". O dirigente também foi punido, mas com 360 dias de suspensão, além de R$ 30 mil de multa.
Tanto Brusque quanto o conselheiro responderam ao artigo 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) por "praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito". O STJD também julgou os gritos de "macaco", mas alegou que as provas com perícia de um especialista não eram conclusivas em relação ao crime.
Após o duelo no dia 28 de agosto, Celsinho saiu de campo acusando um membro da diretoria do Brusque de tê-lo chamado de macaco. Entretanto, o árbitro Fábio Augusto Santos Sá relatou na súmula que ouviu somente a ofensa ao meia do Londrina "vai cortar esse cabelo, seu cachopa de abelha", no primeiro tempo.
Após o episódio de injúria racial, o Brusque ainda divulgou uma nota em que dizia que Celsinho estava sendo "oportunista". A repercussão foi negativa, um patrocinador deixou o clube e uma segunda nota foi publicada, desta vez pedindo desculpas.
Alguns  dias depois, o Brusque afastou o conselheiro e anunciou a instalação de câmeras para captar o áudio em seu estádio. Agora, o clube, que luta contra o rebaixamento da Série B, caiu de 29 para 26 pontos e ficou a um do Vitória, primeiro da degola.