Campeão do Brasileiro e da Copa do Brasil em 2003 pelo Cruzeiro, Luxa tenta administrar a crise sem precedentes na história do clubeBruno Haddad/Cruzeiro

Belo Horizonte - O treinamento agendado para a tarde desta quinta-feira na Toca Raposa não aconteceu. Vanderlei Luxemburgo segurou o quanto pôde a prometida greve colocada em prática em razão do atraso no pagamento do salário de jogadores e demais funcionários do clube. A decisão foi tomada após o empate com o Botafogo, terça-feira, no Independência. Os jogadores folgaram no dia seguinte e divulgaram uma carta aberta esclarecendo o motivo da greve.
De acordo com a assessoria de imprensa celeste, apenas os os jogadores que estão em tratamento médico estiveram no CT pela manhã, casos de Flávio, Marcinho, Henrique e Wellington Nem, ex-Fluminense. Com menos de 1% de chances de acesso à Primeira Divisão, a Raposa atravessa uma crise sem precedentes, financeira e tecnicamente. 11º colocado na Série B do Campeonato Brasileiro, com 33 pontos, o clube tem 43% de aproveitamento, restando apenas oito rodadas para o fim da competição.

O atraso do salário de funcionários com vencimentos consideravelmente mais modestos em comparação aos jogadores é um dos motivos que mais incomodam os jogadores, que cobram o imediato pagamento para reavaliarem a decisão. De toda forma, muitos funcionários não aderiram a greve. Nesta quinta-feira, colaboradores como porteiros, jardineiro e massagistas trabalharam.
Em meio à crise, o presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, desembarcou em Belo Horizonte após quatro dias em Portugal e prometeu se pronunciar nesta sexta-feira. A Raposa só volta a campo no dia 22 para enfrentar o Avaí, na Ressacada. Até lá, o torcedor aguarda uma definição.