Paquetá em ação em San JuanLucas Figueiredo/CBF

Rio - Muita correria, pouco futebol. Já classificado para a Copa do Mundo de 2022, no Catar, o Brasil não conseguiu vingar a derrota na final da Copa América e ficou no 0 a 0 com a Argentina, em San Juan, em jogo marcado pelas duras entradas dos adversários. Mesmo sem Neymar, que nem viajou alegando dor muscular, a seleção brasileira foi melhor, mas não o suficiente para balançar a rede.
Na tabela, tudo encaminhado para o título simbólico das eliminatórias sul-americanas. Com 35 pontos, a distância para a Albiceleste, na segunda posição, é de seis pontos a quatro rodadas do fim. A tranquilidade é tanta que Tite pode se dar ao luxo de fazer testes nas próximas convocações. 
Com mais cara de luta livre do que futebol, o jogo teve mais pancadaria do que chances de gol. Pressionado pela barulhenta torcida argentina, o árbitro Andres Cunha, do Uruguai, deixou passar uma série de entradas duras, a pior delas foi a cotovelada de Otamendi em Raphinha, que precisou levar cinco pontos no lábio durante o intervalo. 
Faltou bola para os dois lados. No primeiro tempo, a única oportunidade clara foi desperdiçada por Vinicius Junior, que recebeu lindo passe de Lucas Paquetá e tentou encobrir o goleiro, mas pegou mal na bola. Depois, Matheus Cunha quase fez um golaço do meio de campo. Errou por pouco. 
Com sangue mais frio na etapa final, a partida ganhou cara de futebol, ainda que precário. Seguro, o Brasil não passou sufoco na defesa e sempre esteve mais perto da vitória. Em chute de fora da área, Fred acertou o travessão.
Se a bola não entrou, o que salvou a noite foi uma lambreta espetacular de Vinicius Junior em Molina. Pouco depois, o próprio Vini recebeu na área, limpou a marcação e chutou em cima do goleiro. No fim, a Argentina ameaçou em chute forte de Messi, mas Alisson conseguiu segurar. O empate sem gols persistiu.