Rafinha Gimenes, novo reforço do Olaria, ao lado do executivo Ricardo Gonzaga e o diretor Wellington CalutaFernanda Almas / Olaria

Rafinha disputou a primeira partida oficial pelo Olaria na derrota por 1 a 0 para o São Bernardo na quarta-feira (28). Foi a estreia do clube na Copa do Brasil e a eliminação não apaga o principal objetivo da temporada, que é retornar à primeira divisão do Campeonato Carioca, uma missão que o ex-Fluminense abraça e, inclusive, aceita assumir a liderança de um grupo com muitos jovens da base.
"O meu papel é de liderança para esses moleques, mas nada que impeça eles estarem jogando no meu lugar. Hoje em dia o futebol está muito dinâmico, agora, se der mole, os moleques que estão subindo tomam sei lugar e jogam. E aqui não tem vaidade alguma, é todo mundo ajudando o outro, o meu papel de liderança aqui é fazer com que eles vejam e aprendam. Nós vamos precisar de todo mundo aqui", afirmou.
Aos 30 anos e com passagens em outros clubes pequenos do Rio (Madureira, Macaé, America, Gonçalense e Pérolas Negras, onde esteve em 2023), Rafinha se vê diferente daquele garoto que subiu aos profissionais do Fluminense em 2012. No elenco campeão Carioca e Brasileiro daquele ano, o jogador disputou uma partida na competição nacional, o da estreia, contra o Figueirense.
Passou a ganhar mais chances em 2013, com Vanderlei Luxemburgo, que o aproveitou mais na lateral direita, onde jogou nas quatro temporadas pelo clube que o revelou. Mas voltou ao meio de campo ao longo da carreira e assumiu a camisa 8 no Olaria.
"O que mais mudou em em relação a mim foi a experiência né? São 12 anos no profissional, acho que você vai adquirindo uma experiência que você não via quando era moleque naquela empolgação. É o que eu tento passar ao máximo para os meninos agora. Futebol é muito rápido, porque há 12 anos era campeão carioca e brasileiro, e hoje eu estou aqui no Olaria. Então é uma nova história que tem que fazer todo dia no futebol, aproveitar cada oportunidade que a gente tiver", disse, completando.
"Inclusive, com 30 anos, eu aprendo muito mais hoje do que aquela época".
Mesmo sem se firmar no Fluminense e sem esperar não ter o contrato renovado, Rafinha não guarda mágoa do clube. Pelo contrário, tem carinho até hoje.
"Eu sou muito grato ao Fluminense, é minha casa, vou lá até hoje visitar. Mário (Bittencourt, presidente) é meu amigo pessoal, entendeu? Às vezes eu mando uma mensagem para ele também. A vida segue, que o Fluminense consiga todos os objetivos dele, e que o meu foco agora é no Olaria, é escrever uma nova história para o clube poder chegar num patamar de novo maior", garantiu.
Para escrever essa nova história, o jogador e seus companheiros terão mais algum tempo de preparação até o início da Série A2 do Carioca, em maio. E a apresentação contra o São Bernardo serve de exemplo do que fazer na competição, para conseguir o acesso e retornar à elite, o que não acontece desde 2013.
"Queria até agradecer a torcida, que nos empurrou e incentivou os 90 minutos. Isso vai ajudar a gente. Eles viram também que dentro de campo, houve disposição, raça e vontade não faltou, né? Foram detalhes. O nosso time suportou bem, seguramos a equipe deles, que é de qualidade e entrosada? Acho que suportamos bem, e faltou o gol mesmo, é ter um pouquinho mais de calma", analisou.