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Rio - Condenado a nove anos de prisão por estuprar uma mulher albanesa em 2013, na Itália, o ex-jogador Robinho cumpre pena no presídio de Tremembé, no interior de São Paulo, desde o fim de março, quando o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) determinou que ele pagará pelo crime no Brasil. Nesta terça (11), o jornal inglês "The Sun" deu detalhes de como foram os primeiros meses do ex-atacante na cadeia.
De acordo com o veículo, Robinho está participando de um curso de eletrônica básica, oferecido pelo Instituto Universal Brasileiro (IUB), com carga horária de 600 horas. Nas aulas, o ex-jogador vem aprendendo a consertar eletrodomésticos, como TVs e rádios.
"Robinho está mantendo a cabeça baixa e seguindo em frente silenciosamente... Ele está sendo um presidiário exemplar e não teve problemas com outros presos. Ele está se mantendo ocupado. Ele se inscreveu em um curso de eletrônica aprendendo a consertar TVs e rádios. Ele tem que fazer 600 horas de aprendizado remoto para se qualificar nessa área. É difícil dizer se ele está gostando ou não, mas está ajudando a passar o tempo", disse o advogado do ex-jogador, Mario Rosso Vale, ao jornal inglês.
Ao fim do curso, Robinho passará por uma prova. Se aprovado, ele receberá um certificado e poderá solicitar redução de pena. De acordo com a lei, o detento pode diminuir um dia em sua pena a cada 12 horas de estudo, ou seja, o ex-atacante terá 50 dias a menos na prisão por conta das 600 horas de aula.
Além de aprender a consertar eletrônicos, Robinho também tem ocupado seu tempo na prisão com leitura. O ex-jogador da seleção brasileira faz parte de um "Clube do Livro" na penitenciária e se ofereceu para dirigir um programa que distribui 500 livros por mês para os presos.
O futebol, claro, também faz parte do dia a dia. Em algumas oportunidades, Robinho chegou a ganhar chuteiras de presente de outros presos para participar de "peladas" nos períodos de recreação dentro da penitenciária.

Caso Robinho

Em 2022, o ex-jogador foi condenado na Itália a nove anos de prisão pelo crime de violência sexual em grupo contra uma jovem mulher de origem albanesa. O caso aconteceu em 2013, em Milão.
A mais alta corte da Itália encerrou qualquer possibilidade de recurso após as derrotas Robinho em todas as instâncias. A Itália, então, pediu a extradição para as autoridades brasileiras, o que não ocorreu porque o Brasil não extradita seus cidadãos. Por isso, as autoridades italianas solicitaram que a pena seja cumprida aqui.
Na dia 20 de março, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que Robinho cumprirá no Brasil a pena de nove anos de prisão por estupro coletivo. A decisão foi tomada por maioria (9 votos a 2). Os ministros também decidiram que ele cumprirá a pena imediatamente e em regime fechado.
Robinho foi preso pela Polícia Federal de Santos no último dia 21. Após passar pela audiência de custódia e realizar exame de corpo de delito, ele foi encaminhado para o complexo prisional de Tremembé, no interior de São Paulo.