Cléber Machado participou do podcast do José Carlos Araújo, o GarotinhoReprodução / YouTube

O narrador Cléber Machado, que está de saída do SBT, falou pela primeira vez sobre a sua negociação com a Record durante entrevista no podcast do locutor José Carlos Araújo, o Garotinho. O veterano afirmou que os acordos estão sendo feitos de uma forma "transparente e amigável" e avaliou que as mudanças para veículos diferentes são normais no mercado do jornalismo esportivo.
"Foi comunicado imediatamente ao SBT depois de eu receber uma proposta da Record. Eu falei: 'Ó, SBT, tá acontecendo isso e isso'", disse Cléber, que explicou como as vendas dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro impactaram nas decisões das emissoras.
"A Record pegou a Liga Forte, que era o que o SBT ia pegar. Assim que a Record pegou, o meu diretor de esporte falou: 'Os caras vêm em cima de você, né?', e vieram. Eles foram comunicados, e tá tudo sendo feito de uma maneira transparente, amigável", completou.
No último mês de agosto, a Record fechou acordo com os clubes da Liga Forte União (LFU), um grupo formado por 12 equipes da Série A e outras de divisões inferiores. O canal fará as transmissões dos jogos destes times no Campeonato Brasileiro, quando eles forem mandantes, a partir de 2025, e o experiente locutor é o favorito para comandá-las.
Na Série A, a LFU conta com Athletico-PR, Atlético-GO, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Criciúma, Cuiabá, Juventude, Fluminense, Fortaleza, Internacional e Vasco.
O narrador de 62 anos também usou a trajetória de Garotinho em diferentes veículos como exemplo para justificar a mudança. "Você trabalhou na Rádio Globo, depois na Rádio Nacional, voltou para a Globo, foi para a Tupi, trabalhou na Transamérica, fez TV Bandeirantes... É uma coisa que acontece no nosso mercado", argumentou, no podcast realizado na última sexta-feira (18). "Tá combinado que até o fim do ano, eu continuo prestando meu serviço [para a SBT]", esclareceu.
Cléber, que trabalhou 35 anos na TV Globo, considerou que as pessoas dão opiniões sem estarem por dentro das negociações, e que isso não vale apenas para o esporte. "Hoje em dia, as pessoas sabem tudo de tudo. O cara é capaz de dizer se você tá narrando bem ou mal um jogo de futebol, se um projeto do novo carro da Ferrari vai ser bom ou não e se o novo foguete chega na lua", afirmou.