Rio - O Flamengo caiu no real e decidiu prestigiar o povão baixando os preços dos ingressos. Que alegria ter de volta o Maracanã numa tarde de domingo com festa da galera. Estava fazendo falta. O Flamengo não deve e não pode se afastar do povo, daquele que deixava de levar o pão para casa, metia vale no patrão ou pulava o muro correndo da polícia para ver seu time jogar. A reforma criminosa do Maracanã para a Copa do Mundo afastando o pobre da sua diversão favorita foi uma punhalada no futebol. Quero os meus domingos de volta com a Charanga do Jayme de Carvalho, Gerdal, o Grito da Geral, Batman, Homem Aranha, Papai Noel e tantas figuras folclóricas que davam colorido ao espetáculo. O futebol ficou cinzento, burocrático, insensível, chato mesmo. Sob o comando de Eduardo Bandeira de Mello (foto), o Flamengo agora tem outras fontes de arrecadação, pode perfeitamente devolver a alegria aos geraldinos e abrir espaço para eles como nas velhas tardes de domingo.
NÍVEL BAIXO NA LIBERTADORES
A atual edição da Copa Libertadores da América vem decepcionando pelo conteúdo. Raros são os jogos que emocionam as torcidas, e algumas equipes surpreendem pelo baixo rendimento. Claro que tudo pode mudar, mas até agora não agradou. Entre os argentinos, destaque para o Racing, sem ser brilhante. Vejo os brasileiros com boas possibilidades, entre eles o Grêmio, do técnico Renato Gaúcho, com desempenho furos acima dos demais, como forte candidato ao segundo título consecutivo.
PEDALADAS
Inicialmente punido com seis meses de suspensão por aquele choque acidental com o volante João Paulo, do Botafogo, o atacante Rildo, do Vasco, teve a pena reduzida para cinco partidas a serem cumpridas no Campeonato Estadual do Rio.
O técnico Mano Menezes, do Cruzeiro, chegou a pensar em escalar um time reserva no jogo de hoje com o Botafogo, no Mineirão. Sassá pediu para jogar, argumentando que, agora que os gols estão saindo, não é hora de parar. A fase é ótima.
BOLA DENTRO
O técnico Abel Braga se antecipa a problemas que sabe que enfrentará e reúne o grupo do Fluminense para se prevenir de reações intempestivas diante de erros de arbitragem.
BOLA FORA
O Vasco precisa de paz para não viver dias amargos. A guerra política começa internamente e, depois, espalha-se pelas arquibancadas. O pior é que ninguém ganha... e o Vasco perde.
