Se o seu time vencer três partidas consecutivas, erga as mãos para o céu e agradeça. As circunstâncias fizeram deste Campeonato Brasileiro uma verdadeira maratona no gelo, com escorregões, derrapadas e tombos espetaculares. O vencedor subirá ao pódio todo dolorido. Qualquer um entre os quatro primeiros tem chance de ficar com a taça. Para isso, precisará contar com a sorte na reta final. As lesões musculares serão mais comuns a partir da chegada do verão, quando os jogadores, desgastados por essa sequência alucinante de jogos e viagens em intervalos curtos, serão expostos a altas temperaturas. Médicos e fisiologistas terão plantão permanente na missão de apoio aos treinadores na escolha dos que reúnam melhores condições físicas e abençoarão a Fifa pela possibilidade das cinco substituições. Isso sem falar na ameaça invisível da covid-19. Não me espantarei se em fevereiro pintar um campeão improvável.
TANQUE VAZIO
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O que resta para a torcida do Botafogo é esperar por um milagre que faça brilhar a estrela solitária, evitando o rebaixamento. Nos 15 jogos que restam, sem o apoio da torcida no estádio, o time terá que encontrar forças para buscar os 25 pontos que precisa. Jogando como nos primeiros 30 minutos do jogo com o Flamengo, talvez conseguisse. O problema é que o gás acaba para uns, sobrecarregando outros. Começa com 11 e acaba com sete.
PEDALADAS
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O São Paulo segue fazendo o básico. Ganhou suando em casa do Sport por 1 a 0. Se vencer o Botafogo na quarta-feira, vai desgarrar na liderança.
Rogério Ceni absolve Willian Arão e Vitinho pelos pênaltis perdidos, Rodrigo Caio e Gustavo Henrique, pelas expulsões, e defende a renovação de Diego Alves. Se não fosse técnico de futebol, daria um belo advogado de defesa.
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BOLA DENTRO
O Fluminense venceu o Athletico-PR por 3 a 1 e segue abrindo espaço entre os que brigam na parte de cima da tabela. A galera está se beliscando para ver se é verdade.
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BOLA FORA
O Vasco decepciona e volta a ser goleado, desta vez pelo Grêmio, que não teve muito trabalho para sapecar 4 a 0. O técnico Sá Pinto na beira da panela fumegante.