Rio - No balanço do trabalho de Tite no comando da seleção brasileira, é fácil apontar erros e acertos. Entre os pontos positivos, a organização. Tudo funcionou como o programado fora e dentro do campo, logística perfeita, jogadores disciplinados, obedientes, uma Seleção sem polêmicas, fato inédito na história. Essa obediência cega e muda ao programado para dentro de campo nos levou ao fracasso. O plano de jogo era único, não havia alternativa. Sem líderes para contestar as teorias de Tite, a Seleção caminhou para o desastre. Algumas peças não responderam como Paulinho, Willian e principalmente Gabriel Jesus (foto), mal em todos os jogos. Ficou claro que Tite é bom gestor de grupos, um encantador de jornalistas, mas não é um estrategista e tanto. Contra a Bélgica, se assustou, não reagiu às dificuldades e congelou na área técnica Perdemos uma chance de ouro nesta que foi uma das Copas mais fáceis da história. Uma lição que custou caro.
NOSSO LUGAR NO MUNDO DA BOLA
O futebol brasileiro está posicionado atualmente como o melhor da América do Sul, aferindo-se pelas últimas Eliminatórias para a Copa do Mundo. Para mudar de prateleira, subir para o degrau máximo de melhor do mundo, precisaremos melhorar demais e, para recuperar o nível de excelência, teremos que voltar a produzir craques como antigamente, valorizando o trabalho de base dos nossos clubes e mantendo nossos jovens jogadores em campos brasileiros. Parece sonho, mas essa é a única saída.
PEDALADAS
A seleção da Rússia foi além do previsto e mereceu os aplausos depois de eliminada nos pênaltis pela Croácia. Passar da primeira fase já foi uma façanha.
Vale lembrar que o Brasil ganhou das duas seleções nos amistosos preparatórios para a Copa: 3 a 0 na Rússia, em Moscou, e 2 a 0 na Croácia, em Liverpool.
Palavras do Mick Jagger na manhã do jogo contra a Bélgica: "Não posso deixar de torcer pelo Brasil, tenho raízes". Os sapatos do cara são um freezer!
BOLA DENTRO
De Bruyne, craque da Bélgica e algoz do Brasil, declarou que se surpreendeu ao ver a nossa Seleção abatida em campo. Disse que, perdidos, os nossos jogadores não sabiam o que fazer.
BOLA FORA
A Fifa considerou ótima a experiência com o árbitro de vídeo. Claro que o uso da tecnologia se impõe, todos estamos de acordo, mas é preciso treinamento. Ficou longe do acerto.
