Levando em conta apenas os números nestes três anos da Era Tite, o resultado pode ser considerado bom. Esmiuçando a estatística, conclui-se que o Brasil foi bem nas eliminatórias, fracassou na Copa do Mundo e recheou o currículo ganhando de adversários inexpressivos em amistosos caça-níqueis. Veio a Copa América, competição agonizante da qual participaram também como convidados o Catar e a equipe sub-23 do Japão, e o Brasil se arrasta com atuações medíocres, que valeram até agora duas vitórias e dois empates, precisando dos pênaltis para eliminar o frágil Paraguai, que jogou quase todo o segundo tempo com dez jogadores, depois da expulsão de Balbuena. Acredite, Tite gostou do desempenho e culpou o campo por não ter vencido. Os Tite's Boys concordaram. Na boa, era para o presidente da CBF, Rogério Caboclo, ter descido para impedir a disputa nos pênaltis, dar a classificação ao Paraguai e demitir a comissão técnica no vestiário.
FANTASMA
Para a terça-feira, o fantasma do 7a 1 vai estar no menu como prato do dia. O pobre do Mineirão, belo estádio, palco de tantas jornadas gloriosas, virará ameaça para a Seleção Brasileira. Se perder para a Argentina, Tite culpará o emocional dos seus externos desequilibrantes, internos articulantes e agudos finalizantes, que já teriam entrado em campo tremendo, assustados pelos ectoplasmas apavorantes. Fala sério!
PEDALADAS
A Argentina ainda não achou seu jogo. O enfastiado Messi joga bocejando, e, mesmo assim, passou sem grandes sustos pela Venezuela, que o Tite apontou como novo fenômeno do futebol sul-americano.
Até os ex-árbitros, hoje comentando na TV, falam em gol anulado pelo VAR. Quem anula, ou não, é o árbitro de campo, autoridade máxima no jogo. VAR só alerta.
BOLA DENTRO
A contagiante alegria dos torcedores visitantes nesta Copa América. Fazem turismo, acompanhando suas equipes, e são bem recebidos pelos locais, que não dão muita bola para o evento.
BOLA FORA
A ala dos conciliadores agindo nos bastidores do Flamengo para tratar de impedir que se alastre um princípio de incêndio nas relações entre Bap e Marcos Braz.
