A Copa do Mundo de 1970, disputada no México, ficou marcada na minha vida. Primeiro passaporte, primeira viagem internacional, primeira Copa no local. Tinha recém-estreado na Rádio Globo, terno novo, primeira classe no voo com destino à Cidade do México. Meu deslumbramento estava mesmo só começando.
O dia a dia me empolgava, a cobertura era cansativa, mas prazerosa. Aprendia muito ouvindo Claudio Coutinho, Carlos Alberto Parreira, Carlesso, Calomino, Lídio Toledo e o maestro Zagallo, aulas grátis de futebol no convívio diário, leve e alegre das tardes agradáveis da simpática Guadalajara.
Veio a disputa: seis jogos, seis vitórias. Jairzinho, o Furacão de 70, marcando em todos os jogos, sete gols em seis partidas. O Rei Pelé (foto) assombrando o mundo com genialidade e sem ofuscar o Canhotinha Gerson, Rivelino, Tostão, Paulo César Caju, todos astros da bola. Vi e convivi com a maior equipe de futebol já montada no planeta e presto minha homenagem pelos 50 anos da grande conquista.
Uma casa portuguesa
Caiu no colo dos irmãos portugueses o complemento da disputa da Liga dos Campeões da Europa, a famosa Champions League. Em virtude da pandemia do novo coronavírus, os jogos foram suspensos antes da fase das quartas de final e a Uefa finalmente optou pela cidade de Lisboa. As partidas vão acontecer entre 12 e 23 de agosto, sem presença de público no estádio, em jogos únicos e obedecendo ao rígido protocolo estabelecido pelas autoridades portuguesas.
Pedaladas
O atacante Cavani não aceitou prorrogar seu contrato para participar dos jogos restantes da Liga dos Campeões e está fora do PSG, da França. Aos 33 anos.
Antes que comecem o foguetório e a euforia por aqui é bom lembrar que o astro uruguaio ganha por mês mais do que as folhas de pagamento da maioria dos clubes brasileiros.
Inter de Milão, da Itália, sondando Gabriel Jesus. Alô, mamãe! Vou ou fico?
Bola dentro
Na retomada do seu trabalho no Flamengo, o técnico Jorge Jesus se surpreendeu com o estado físico do grupo e gostou ainda mais do que viu na vitória por 3 x 0 sobre o Bangu, na quinta-feira.
Bola fora
O prefeito Marcelo Crivella se enrolou todo ao se meter na briga do seu Botafogo com a Ferj, confundindo-se a cada pronunciamento. No fim, nem ele sabia o que estava valendo.
