Um Fla-Flu dietético

A decisão da Taça Rio seria uma grande festa na cidade e no país se não fosse a pandemia. Fla-Flu não é um simples jogo de futebol, é um acontecimento de ressonância nacional, que reúne cores, sons e alegria, um clássico com luz própria, que, para ser pleno, nem precisa ser decisivo, mas, quando entra no jogo a disputa de título, essa força se multiplica, torcedores dos outros clubes acabam se envolvendo. Ruas, praças, praias, bares, a cidade pulsa contagiada pela magia do Fla-Flu. Pena que o momento não permita que a festa seja completa. Tenho certeza de que rubro-negros e tricolores participarão dentro de suas possibilidades, em casa, gritando nas janelas e sacadas na intenção de que suas vozes cheguem ao Maracanã. Ouviremos o barulho da batida na bola, os gritos de Jorge Jesus e Odair Hellmann nas áreas técnicas, mas faltará o principal: o povão fazendo o coração do Gigante bater forte e inundando de energia o campo de jogo. 

Em Portugal, a contratação de Jorge Jesus pelo Benfica é considerada fato consumado. Uma gorda negociação, que montaria numa bolada de sete milhões de euros (R$ 42 milhões), fora premiações, o que seria o dobro do contrato com o Flamengo, que é excelente. Se confirmado, será uma grande perda, mas, se tiver que acontecer, melhor que seja agora. O clube teria 30 dias até a estreia no Brasileiro para encontrar e adaptar o novo comandante.

O Flamengo é favorito, mas ainda não ganhou o jogo. O Fluminense não vai para o Maracanã como índio em filmes do Velho Oeste, sabendo que morre no fim. Vai para brigar pelo título.

O Fluminense não fez gol depois da volta do futebol e pode ser campeão sem balançar a rede. Basta empatar os três jogos em 0 a 0 e vencer hoje e na partida final nos pênaltis.

FlaTV x FluTV, um Fla-Flu à parte.

A CBF confirmou o início do Brasileirão para sábado, 8 de agosto. Os jogos com clubes em cujas praças haja algum impedimento serão deslocados para outras cidades.

A decisão da Globo de não transmitir a fase final do Carioca, além de inoportuna para o momento que vivemos, desrespeita os patrocinadores e seus próprios consumidores.