Libertadores do vírus

Flamengo e Independiente del Valle voltarão a se encontrar hoje à noite depois daquele fatídico placar de 5 a 0. Os equatorianos nem tiveram muito tempo para comemorar porque dias depois tomaram um sapeca de 4 a 1 do Junior Barranquilla. Nas condições normais de temperatura e pressão, apostaria na vitória do Flamengo e sem muitas dificuldades. Mas prefiro não arriscar diante dos problemas que são do conhecimento de todos. Mesmo que alguns dos jogadores infectados sejam liberados e escalados, ninguém sabe como reagirão. Na sua volta, Fred, substituído no jogo entre Fluminense e Coritiba, saiu se queixando de falta de ar, o que sugere cuidados com os que, liberados, se apresentem para o jogo sem testes de campo. Com a Conmebol não tem conversa: o taxímetro está rodando, é jogar ou jogar. Os técnicos Domènec Torrent e Ángel Ramírez não têm direito a escolhas. Termômetros nas mãos, as equipes serão escaladas pelos infectologistas.

Se não houver qualquer fato novo impeditivo, as Eliminatórias para a Copa do Mundo do Catar começarão no dia 9 de outubro, com o Brasil recebendo a Bolívia, na Neo Química Arena, estádio do Corinthians. Existe um movimento dos clubes do exterior para não ceder jogadores temendo contágio pela covid-19 nos países sul-americanos. Tite deve ter se prevenido com um plano B - uma lista com jogadores locais prontos para atender a qualquer emergência. A Fifa e a Conmebol admitem o problema.

O Lyon vai pagar o equivalente a R$ 130 milhões ao Milan por Paquetá. O Flamengo, como clube formador, vai receber R$ 5 milhões.

O Orlando City, da Flórida, é o primeiro clube a afirmar que não cederá jogadores para as Eliminatórias, entre eles o goleiro Pedro Gallesi, do Peru, adversário do Brasil, dia 13, em Lima.

Atenta à evolução da pandemia na América do Sul, a Fifa está temendo atrasos nas
Eliminatórias.

Na volta de Fred, o Fluminense vestiu o novo uniforme verde, meteu 4 a 0 no atônito Coritiba e subiu para o sétimo lugar. Até Ganso fez gol. De pênalti, mas fez.

O vírus contaminou o futebol brasileiro. As competições são as mais fracas dos últimos anos. A ausência de público pode ser responsável pelo ritmo lento dos jogos.