Rio - O Botafogo inicia hoje a longa caminhada de retorno à elite do futebol brasileiro. E bota longa nisso. Serão quase 60 mil quilômetros desbravando o país na Série B, distância maior do que a circunferência da Terra (40.075 km). A primeira parada do ‘Expresso Alvinegro’ é a 3.250 km do Rio, em Belém, onde encara o Paysandu neste sábado, às 21h.
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René Simões é o maquinista responsável por manter o time nos trilhos durante as 38 rodadas da competição. Para a primeira partida, ele conta com a tripulação completa. Willian Arão, que era dúvida por conta de dores no quadril, recuperou-se e está confirmado. O comandante está ciente do desgaste que a jornada provocará. Por isso, juntamente com sua comissão, preparou um planejamento especial a fim de minimizar as consequências.
“No trabalho físico não vai interferir, mas nos cuidados. Em um local úmido, como Belém, você vai suar muito e perder líquido. Eles têm que usar roupa apropriada, trabalhar com o tamanho do campo, o tipo de grama, a temperatura. Tem também o tempo de voo. São muitos detalhes importantes para nos preocupar com essas viagens”, avaliou o técnico.
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Largar na frente é fundamental para o Botafogo. Diferentemente do Carioca, competição na qual era franco atirador, no Brasileiro o Alvinegro é o time a ser batido. A pressão interna também será muito maior. O resgate do clube traçado pela diretoria passa pelo retorno imediato à Série A do Brasileiro.
“A Série B será muito difícil e nós sabemos que contra o Botafogo as equipes vão dar o melhor para vencer. Por isso, temos que fazer sempre o nosso máximo para conseguir os objetivos”, disse Pimpão.
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Ao mesmo tempo que serão desgastantes, as viagens aproximarão o time de torcedores que moram longe do Rio. René acredita que o contato dos jogadores com estes alvinegros fará bem ao grupo.
“A gente espera esse carinho do torcedor e trabalho com os jogadores para eles retribuírem. Tem momento que não dá, questão de horário, e o torcedor tem que entender também. Sabemos que haverá muito carinho nas cidades que visitarmos”, projetou.