O atacante Ênio, de 19 anos, foi uma das novidades contra o São Paulo: veloz e driblador foi importante no contra-ataque  - Vítor Silva/Botafogo
O atacante Ênio, de 19 anos, foi uma das novidades contra o São Paulo: veloz e driblador foi importante no contra-ataque Vítor Silva/Botafogo
Por MARCELO BERTOLDO
Rio - Sob o olhar atento do técnico Marcelo Chamusca, oficialmente apresentado na tarde desta segunda-feira, o Botafogo bateu o São Paulo, por 1 a 0, no Nilton Santos, encerrando o desagradável jejum de dez jogos sem vitória no Campeonato Brasileiro. Rebaixado para a Série B desde a 34ª rodada, o Glorioso superou as limitações técnicas, evidenciadas na falta de capricho nas inúmeras chances criadas, e com o gol de Matheus Babi confirmou o resultado positivo, que, infelizmente, não é suficiente para mudar o status de lanterna mesmo em caso de vitória sobre o Ceará, quinta-feira, na Arena Castelão, na despedida da elite. Com 27 pontos, não pode mais alcançar o Coritiba, penúltimo colocado, com 31.
 Antes da passagem de bastão, o auxiliar Lucio Flavio deu sequência ao 'laboratório' alvinegro e surpreendeu ao divulgar a escalação com Warley e Ênio como titulares. Destaque e principal aposta no processo de reformulação para 2021, Matheus Nascimento, de 16 anos, começou o jogo no banco e, de lá, viu a estratégia de Lucio Flavio funcionar, parcialmente.
Publicidade
 A postura do São Paulo causou estranheza. Com buracos na defesa e pouco criativo não apresentou um futebol de quem almejava a classificação direta para a Libertadores. A expulsão de Reinaldo, ao derrubar Warley na entrada da área, complicou ainda mais a missão no Rio. Sem nada a perder, o Botafogo, dentro de sua realidade, tentou propor o jogo.
Com uma boa marcação e transição com Kayque e Luiz Otávio, chegou com perigo diversas vezes ao ataque. Quando não faltou pontaria, força ou precisão nas finalizações de Ênio, Warley e Bruno Nazário, o goleiro Tiago Volpi fez a diferença na venenosa bola chutada de fora da área por Caio Alexandre.
Publicidade
Com um jogador a mais desde os 29 minutos do primeiro tempo, Lucio Flavio sacou o volante Kayque para a entrada do atacante Matheus Babi na volta do intervalo. Com espaço dado pelo São Paulo, o gol parecia maduro. Se estava difícil pelo chão, Babi resolveu pelo alto. De cabeça, aproveitou o bom cruzamento de Warley para abrir o placar, aos 12 minutos.
Aos 35 minutos, o pênalti para lá de duvidoso marcado pelo árbitro Bráulio da Silva Machado na disputa entre Sousa e Galeado foi motivo de revolta e protesto no banco do Botafogo, que, em vão, aguardou pela contestação do VAR. Diego Loureiro, que ainda não havia realizado uma defesa no jogo, voou no canto esquerdo para defender a cobrança de Luciano, referendado a má atuação de todo o São Paulo no Nilton Santos. Na base da garra, o Alvinegro, como pôde, administrou a vitória que não acontecia desde o dia 19 de dezembro. 
Publicidade
BOTAFOGO X SÃO PAULO
Local: Estádio Nilton Santos
Árbitro: Bráulio da Silva Machado
Gols: 2º tempo - Matheus Babi (12 minutos)
Cartões amarelos: Rafael Navarro, Luiz Otávio, Bruno Nazário; Igor Gomes, Bruno Alves, Pablo, Marcos Vizolli
Cartão vermelho: Reinaldo
Público: Jogo com os portões fechados

Botafogo: Diego Loureiro, Kevin, Marcelo Benevenuto, Sousa e Hugo; Kayque (Matheus Babi), Luiz Otávio (Barrandeguy) Caio Alexandre, Warley (Davi Araújo) e Bruno Nazário (Cesinha); Ênio e Rafael Navarro (Matheus Nascimento). Técnico: Lúcio Flávio

São Paulo: Tiago Volpi, Juanfran (Igor Vinícius), Arboleda, Bruno Alves (Hernanes) e Reinaldo; Luan, Tchê Tchê, Gabriel Sara (Galeano) e Igor Gomes (João Rojas); Toró(Léo Pelé) e Luciano. Técnico: Marcos Vizolli