Botafogo arrancou na reta final da temporada e sonha com vaga na LibertadoresVitor Silva/Botafogo

Rio - Na reta final do Brasileirão, o Botafogo superou os problemas enfrentados ao longo da temporada, engrenou na competição e aumentou seus sonhos por uma vaga em competições continentais no primeiro ano como Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
Com um elenco montado praticamente do zero, o técnico Luís Castro encontrou dificuldades para achar um time ideal devido ao alto número de jogadores no departamento médico. 
Alguns dos novos contratados para 2022 não conseguiram tantos jogos de adaptação na primeira parte da temporada, como são os casos de Victor Sá, Diego Gonçalves, Lucas Fernandes e Victor Cuesta, que perderam algumas rodadas por lesão - antes mesmo do campeonato ter início, o Botafogo já havia perdido Rafael, lateral-direito, por ruptura do tendão calcâneo. 
No primeiro turno do Brasileirão, Castro se acostumou com uma média de 11 desfalques por jogo, fazendo com que não conseguisse repetir uma escalação e, em meio a reformulação do plantel, dar o mínimo de entrosamento para o time ter boa performance - o que não aconteceu e ocasionou a primeira crise.
Crise essa que passou também pelo fato de o clube, como nova postura adotada, omitir as atualizações clínicas do elenco, deixando um cenário 'escuro' sem informações sobre lesões ou recuperações.
O Botafogo chegou na reta final da temporada sendo o segundo time que mais sofreu com lesões, ficando atrás apenas do Corinthians. Foram 55 baixas médicas do Glorioso contra 56 do Timão. Destas, 12 casos foram cirúrgicos: os laterais Rafael, que já voltou a atuar, e Carlinhos, que também está recuperado. Foram operados ainda atletas como Victor Cuesta, Kayque, Breno, Gustavo Sauer, Vinícius Lopes (negociado), Ênio (negociado), Vitinho e Gabriel Tigrão.
Além dos casos convencionais, que envolvem lesões musculares, e as cirurgias realizadas, o Glorioso ainda precisou lidar com um surto de gastroenterite, que prejudicou alguns jogadores, e um problema raro sofrido por Patrick de Paula, a 'Paralisia de Bell', que deixou metade do rosto do volante desfigurado por perda de função da musculatura local.
Passados os problemas no departamento médico, o Glorioso virou a chave, agora conta com todos os seus novos jogadores e subiu na tabela do Brasileirão. Peças como Tiquinho Soares, Eduardo, Marçal e Adryelson estrearam, e a equipe levanto voo em busca do sonho de conquistar uma vaga na Libertadores.