Seleção da Dinamarca estreou com empate contra a Tunísia no Grupo D da Copa do MundoFrançois-Xavier MARIT / AFP

Das diversas manifestações das seleções durante a Copa do Mundo do Catar por conta da proibição da braçadeira de capitão com os dizeres "One Love", a da Dinamarca promete agitar os bastidores nos próximos meses. Em entrevista coletiva, o presidente da federação, Jesper Moller, afirmou que cogita a desfiliação da Fifa junto a outros países nórdicos.
"Não é uma decisão que foi tomada agora. Temos sido claros sobre isso por um longo tempo. Estamos discutindo isso na região nórdica desde agosto. Eu pensei sobre isso novamente. Imagino que podem haver problemas se a Dinamarca sair sozinha. Mas veremos se não podemos dialogar sobre isso. Tenho que pensar na questão de como restaurar a confiança na Fifa. Devemos avaliar o que aconteceu e então devemos criar uma estratégia junto dos colegas nórdicos", afirmou Jesper Moller.
 
A braçadeira de capitão "One Love" tem o objetivo de promover a diversidade, a inclusão e os direitos sociais da comunidade LGBTQIA+ - vale lembrar que a homossexualidade é proibida no Catar.
Dois meses antes do início do Mundial, 10 países europeus foram anunciados como participantes de tal movimento: Inglaterra, País de Gales, Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Noruega, Suécia, Suíça e Holanda. A Fifa, no entanto, saiu em defesa do país-sede e ameaçou penalizar os jogadores que usarem o emblema com as cores do arco-íris.
A Dinamarca estreou com empate em 0 a 0 diante da Tunísia, pelo Grupo C. A equipe volta a campo no próximo sábado (26), contra a França, às 13h, no Stadium 974, em Doha.