Nesta quinta-feira, Gareth Bale revelou o descontentamento da seleção do País de Gales com a proibição do uso da braçadeira "One Love", que apoia a comunidade LGBTQIAP+, na Copa do Mundo do Catar. O atacante reiterou que todo o grupo é a favor da conscientização da causa e explicou que não usou a faixa na estreia do Mundial, contra os Estados Unidos, por causa da punição que receberia.
"Não ficamos muito felizes (com a proibição de usar a braçadeira), mas se eu tivesse vestido a faixa, teria sido expulso aos 25 minutos do jogo. Claro que apoiamos a causa, mas estamos aqui para jogar futebol ao mesmo tempo. Não usar a faixa não significa que não o apoiamos. Somos todos a favor da conscientização", disse Bale.
A seleção do País de Gales, vale lembrar, volta a campo nesta sexta-feira, às 7h (de Brasília), para enfrentar os Irã no Ahmad Bin Ali Stadium. A partida é válida pela segunda rodada do Grupo B da Copa do Mundo.
"Vai ser um jogo difícil. O Irã tem um bom time, e está na Copa por uma razão. Tem bons jogadores no ataque e defensores. Vamos ter que ter um bom plano para pará-los, vai ser um jogo difícil", analisou.
ENTENDA O CASO
A braçadeira "One Love" seria usada pelos capitães de Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Holanda, Inglaterra, País de Gales e Suíça. Ela é uma forma de apoio à causa LGBTQIAP+ - comunidade que é reprimida no Catar.
No início deste mês, o embaixador da Copa do Mundo, Khalid Salman, chegou a afirmar que ser gay é "haram" - isto é, algo proibido. A FIFA, por sua vez, ficou do lado do país do Oriente Médio. Endureceu o discurso e ameaçou punir financeiramente e dar cartão amarelo aos jogadores. Assim, as seleções em questão desistiram de usar a braçadeira.
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