GabigolMarcelo Cortes / Flamengo

Infelizmente, em mais um final de semana, a rodada do campeonato brasileiro foi marcada pela falta de entendimento de bola na mão e conceitos de marcações totalmente fora de um padrão por parte dos árbitros. Na partida entre Flamengo e Ceará, Paulo Cézar Zanovelli da Silva, de Minas Gerais, até que foi bem no primeiro tempo, mas na segunda etapa se omitiu e acabou perdendo o controle emocional e consequentemente a parte disciplinar ficou comprometida. Já no jogo entre Athletico/PR e Fluminense, Flávio Rodrigues de Souza, árbitro de São Paulo, deixou de marcar um pênalti, em que o defensor claramente abdica de jogar e com o braço empurra o atacante do fluminense. Lance claro de pênalti, pela minha visão, levando em conta o impacto do lance na partida.
No jogo do Flamengo, o árbitro iniciou bem, mas a mão do Vidal foi clara, pois o atleta do Flamengo deliberadamente aumenta o seu espaço, tocando a bola com o braço, e mesmo estando próximo ao lance com o campo de visão totalmente aberto, o árbitro preferiu não assinalar e gerou revolta nos jogadores do Ceará, principalmente no Jô, que reclamou de maneira desrespeitosa e, corretamente, acabou sendo expulso. Acontece que, a partir daí, a temperatura do jogo subiu e o árbitro começou a gastar um número excessivo de cartões amarelos e vermelhos, tentando controlar a partida, porém era nítido que ele não conseguia fazer valer a sua autoridade. O lance da expulsão do Gabigol, a meu ver, nem houve um desrespeito, mas para tentar segurar o jogo, ele expulsou o atleta.
Já no jogo do Fluminense, houve um pênalti muito claro para os cariocas, onde há uma carga com o braço por parte do defensor paranaense, que deixa de jogar para empurrar o adversário. Nesse lance, o árbitro preferiu não marcar a infração nítida, segundo tudo que entendemos que seja uma jogada faltosa. O impacto no jogo foi grande com essa tomada de decisão equivocada, que acarretou numa interferência direta no resultado do jogo vencido pelo Athletico.
Não me canso de falar que a tomada de decisão do árbitro tem que ser imediata, ainda mais em lances tão claros como esses. Além disso, quando se erra em lances simples, acaba impactando na parte disciplinar. Os árbitros podem distribuir vários cartões, mas isso não quer dizer que ele esteja com um bom desempenho no pilar disciplinar. Espero e confio num melhor entendimento e padronização de critérios de faltas por parte dos nossos árbitros.