Braulio da Silva Machado Cesar Greco/Palmeiras


A partida entre Corinthians e Flamengo, válida pelo jogo de ida da grande final da Copa do Brasil 2022, foi um tanto quanto tranquila para a arbitragem, porém com dois lances que geraram polêmica, inclusive um deles podendo render influência no resultado da decisão. Embora o árbitro Bráulio da Silva Machado, de Santa Catarina, que faz parte do quadro da FIFA, tenha acertado em não marcar pênalti no lance do zagueiro Léo Pereira do Flamengo, a aplicação de um cartão amarelo no rubro-negro João Gomes, no início da partida, poderia poderia ter gerado uma complicação desnecessária.
No lance do João Gomes, tecnicamente não existiu uma força desproporcional, nem um ponto de contato onde levasse perigo ao atleta adversário. Foi uma jogada normal numa zona do campo que não apresentava qualquer necessidade de cartão, principalmente levando em consideração os conceitos fundamentais para aplicação do mesmo.
O Bráulio ficou "amarrado" nesse cartão, pois posteriormente o jogador do Flamengo cometeu uma outra falta, que também não apresentou intensidade nem ponto de contato, mas usou o recurso de parar uma jogada, cometendo uma infração técnica/tática, impedindo um ataque do Corinthians. Nesse segundo lance, valeria sim um cartão amarelo, mas o árbitro não o aplicou. Inclusive os jogadores do Corinthians nem questionaram, pois já haviam conseguido seu objetivo anteriormente, mas o fariam se o placar estivesse adverso.
Já no lance do suposto pênalti do zagueiro do Flamengo Léo Pereira, não vi nenhum tipo de irregularidade. Ambos os atletas buscam jogar e numa posição natural do jogo, inclusive o defensor tenta evitar o contato, retirando o braço e é surpreendido pela ação do atacante, que deixa a bola passar. Como ambos buscavam espaço, a bola apenas resvala e segue, não houve nenhum comprometimento à partida. Lance normal!
Como eu disse no início do texto, foi uma partida um tanto quanto tranquila, porém o Bráulio da Silva Machado esteve mal tecnicamente, principalmente na condução do jogo, além da questão do emocional dele e dos atletas, que se preocuparam em jogar, sem usar qualquer artifício para complicar a arbitragem. O árbitro teve seu trabalho bastante facilitado, com isso, não sei como ele se comportaria se a temperatura do jogo subisse.