Rafael ClausCesar Greco/Palmeiras

Rio - Estamos passando por um período atípico no futebol brasileiro. A realização da Copa do Mundo no final do ano, faz com que a reta final e decisiva das nossas principais competições nacionais aconteçam durante a preparação para o maior torneio de seleções do planeta. Curiosamente, os dois árbitros brasileiros que estarão na Copa do Catar são os que mais tem sido escalados para os jogos do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil. Até que ponto isso é benéfico?!
Rafael Claus de São Paulo e Wilton Pereira Sampaio de Goiás são os representante do quadro da Confederação Brasileira de Futebol na próxima Copa do Mundo. Sinto falta de um planejamento estratégico para otimização da preparação física e psicológica de ambos para este momento tão importante na carreira deles. Tem momentos que o árbitro precisa de uma parada técnica para não comprometer suas atuações e isso passa diretamente pela atitude de quem escala, em deixá-los em jogos de menor relevância. Porém, quem tem esse poder só pensa em garantir sua própria cadeira colocando os árbitros no fogo.
Por sua parte, Claus e Wilton não vão querer ficar de fora, mas falando especificamente do Fla-Flu, não precisava ser ele. Se o Rafael Claus foi mal, na avaliação de alguns, acredito que tenha sido por ter saído um pouco de seu perfil. Ele costuma conduzir mais o jogo, mas no domingo ele entrou no calor da partida e quis tomar atitude logo no início para agir e mostrar força, pois estava sendo testado desde o princípio.
Se formos analisar bem, os árbitros de uma maneira geral tem sido um pouco mais enérgicos do que estavam sendo, desde que o Presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Seneme, declarou seu desejo de disponibilizar o áudio do microfone dos árbitros em tempo real. Isso, inclusive, pode ter contribuído também com o fato do Claus ter se mostrado um pouco abalado emocionalmente, pois vem sendo cobrado para dar resultado num momento em que deveria estar com sua atenção, preocupação e concentração voltada para o melhor e maior momento de sua carreira: A Copa do Mundo!