Por pedro.logato

Rio - No Flamengo a alegria pode durar tanto quanto um fósforo aceso. Nesta quarta, contra o Vitória, às 19h30, no Maracanã, um tropeço pode fazer explodir a crise do clube. Depois de eliminar o Cruzeiro, líder do Brasileiro, o time queimou seu filme ao sofrer a goleada de 4 a 0 para o Corinthians. Uma derrota nesta noite pode empurrar o Rubro-Negro carioca para a zona de rebaixamento. E no barril de pólvora da Gávea, é bom não brincar com fogo.

Flamengo precisa passar pelo VitóriaMárcio Mercante / Arquivo

Há três rodadas sem fazer gol no Brasileiro, o Flamengo acumula quatro jogos sem vencer na competição. Um quinto tropeço pode acender o pavio. Para a bomba não explodir na mão dos jogadores, a vitória hoje, diante da torcida é imprescindível. No caso de derrota, o time pode ser ultrapassado por Fluminense, São Paulo e Portuguesa e acabar a rodada entre os quatro últimos do campeonato.

“A obrigação de vencer é nossa”, disse Chicão, autor do último gol do time no Brasileiro, em cobrança de falta, no empate em 1 a 1 com o Goiás. “É uma decisão, como foi na Copa do Brasil, contra o Cruzeiro. O campeonato vai passando, e a gente precisa somar pontos”, emendou.

Da vitória heroica sobre o Cruzeiro, com uma boa atuação do Flamengo, ao vexame diante do Corinthians, quando o time perdeu por 4 a 0 e levou um baile, foram apenas três dias. Na Copa do Brasil, a vitória fez o Rubro-Negro sonhar com o título, que dá vaga na Libertadores do ano que vem. Mas no Brasileiro ficou a impressão que a equipe de Mano Menezes brigará contra o rebaixamento.

As oscilações em campo também geram alternância de emoções. Da euforia à depressão em tão pouco tempo, o time do Flamengo precisa encontrar o equilíbrio psicológico. Para isso, jogadores experientes como Chicão têm papel fundamental:

“Tem que esquecer o que passou. Infelizmente aconteceu a derrota. A vitória de quarta também mexeu muito com a gente. Vem acontecendo isso, a gente vem alternando. Tem que saber lidar com isso”.

Treino fechado e novas opções

Mano Menezes fechou o treino de ontem à imprensa, procedimento que já virou rotina nas vésperas dos jogos, independentemente de qual adversário o Flamengo enfrentará. Na atividade, o treinador testou alternativas que podem ser usadas durante o jogo desta noite.

A primeira experiência foi a entrada de Paulinho no lugar de André Santos. Dessa forma, o time passa a ter mais velocidade e aumenta a possibilidade de jogadas pelo lado do campo. Num segundo momento, André Santos voltou ao time, e Paulinho ficou na lateral direita, no lugar de Léo Moura.

Em 13 partidas, Mano só repetiu o time uma vez

Entre a busca por um time ideal, problemas médicos e convocações, Mano Menezes não consegue manter a equipe. Em 13 jogos à frente do Rubro-Negro, o treinador só repetiu o time uma vez, quando, na segunda partida no cargo, contra o Vasco, escalou os mesmos jogadores da estreia, diante do Coritiba.

“Isso é nítido, todos estão vendo. O Mano está tentando dar uma formação à equipe. A gente procura trabalhar e fazer o que ele pede”, disse Chicão.

O lateral-direito Leonardo Moura, recuperado de estiramento na coxa direita, está de volta ao time. Na esquerda, João Paulo, barrado, dá lugar a Samir, a exemplo do que aconteceu no jogo de ida contra o Cruzeiro, pela Copa do Brasil, no Mineirão.

No meio, Carlos Eduardo foi barrado por Gabriel. Luiz Antonio, que vinha sendo improvisado na posição de Léo Moura, volta a ser volante, e Hernane substitui Marcelo Moreno, convocado pela Bolívia.

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