Rio - Craque o Flamengo faz em casa: a frase não é novidade para os torcedores do Rubro-Negro e a safra de grandes jogadores sempre foi algo notório na Gávea. Em mais um capítulo da série "O meu coração rubro-negro", Dominguinhos do Estácio enaltece atletas revelados pelo clube, em especial Zico, que embalou alguns domingos de Maracanã do intérprete da Estácio de Sá.
"De todos que eu vi jogar, o Zico é o cara do Flamengo. Não tem o que falar, ele é referência, tem o estilo do clube, ele é o Flamengo. Tem um momento que me lembro muito bem que foi uma cobrança de falta contra o Náutico, no Maracanã. Parecia que o estádio ia cair. O Zico é uma pessoa fantástica. Para surgir algum jogador parecido ainda vamos ter de esperar muito tempo, ainda mais com esse novo sistema no qual os jogadores abandonam seu clube com muita facilidade. Atualmente é muito raro manter um craque na equipe. A fidelidade se perdeu um pouco", comentou o cantor, que comentou outra curiosidade da sua relação com o time da Gávea.
"Outra coisa que me lembro é pelo lado negativo, que foi o adeus de outro craque. Eu sofri muito com a saída do Ronaldinho. É um grande ídolo, mas às vezes a administração acaba complicando um pouco as coisas", disse.
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Mesmo com as lembranças como torcedor assíduo, Dominguinhos admite que o lado frequentador não é o mesmo nos dias de hoje. Residindo distante do Maracanã, o sambista comenta que a assiduidade ao estádio ficou para o passado, mas que os olhares para a equipe da Gávea continuam, inclusive, acreditando numa evolução do time sob o comando de Jayme de Almeida.
"Sempre fui muito frequentador. Todo domingo era dia de Maracanã, dia a dia de treinos eu também sempre estava lá. Mas atualmente tenho acompanhado apenas pela televisão pois estou morando longe do Maracanã, em um município de Cachoeiras de Macacu, mas estou de olho em tudo sempre. A equipe está mais segura, mais tranquila. O Jayme conhece a garotada da base, sabe que pode aproveitar bem esse pessoal", afirmou.
Intérprete oficial em samba sobre o Flamengo
O amor de Dominguinhos pelo Flamengo vai muito além das arquibancadas. Além de já ter composto um samba em homenagem ao clube, o cantor foi o intérprete oficial da Estácio de Sá em 1995, quando a agremiação homenageou o clube da Gávea, quando o Rubro-Negro completava seu 100º aniversário. Para o sambista, a oportunidade foi diferenciada e marca até hoje sua vida pessoal e profissional.
"Cantar aquele samba foi algo fantástico. É como cantar o Sírio de Nazaré, muito emocionante. Eu me realizei muito em poder ter sido o intérprete do samba da Estácio sobre o Flamengo", revelou Dominguinhos, que, de outro lado, lamentou sua saída da Imperatriz Leopoldinense logo no ano no qual o enredo será sobre o ídolo e amigo Zico.
"Infelizmente a Imperatriz não me quis no ano que falará sobre o Zico. Sou muito amigo dele, amigo mesmo, de família. Seria uma honra e uma realização muito grande poder cantar o samba sobre ele, participar de um momento tão lindo como será. Mas não guardo mágoas, sei que será uma alegria imensa para o meu amigo. Será muito bonito", concluiu.