Por pedro.logato

Rio - Sete anos e seis trabalhos depois, Ney Franco reencontra, neste domingo, às 16h, no Maracanã, a torcida do Flamengo. Contra o São Paulo, o time do seu único desafeto, o goleiro Rogério Ceni, o treinador dá o primeiro passo para tentar colocar o time no caminho do sucesso no Campeonato Brasileiro. O treinador evoluiu desde a sua primeira passagem pelo clube, entre 2006 e 2007. Desde que deixou a Gávea, ganhou cabelos brancos, incrementou o currículo e acumulou desempenhos superiores ao obtido pelo Rubro-Negro.

Ney marcou seu nome na história do Flamengo. Ele conquistou a Copa do Brasil de 2006 e o Campeonato Carioca da temporada seguinte. Em 74 jogos, obteve 33 vitórias, 18 empates e 23 derrotas — aproveitamento de 52,7%.

Neste domingo, Ney Franco volta ao Flamengo diante do São PauloCarlos Moraes / Agência O Dia

De lá para cá, Ney subiu degraus. À frente do Atlético-PR, teve aproveitamento de 66,6%, em 48 partidas — ganhou 29, empatou 9 e perdeu dez. Pelo Botafogo foram 74 jogos, 34 vitórias, 17 empates e 23 derrotas — conquistou 53,6% dos pontos disputados. Mas foram dois trabalhos sem títulos.

O jejum de taças se encerrou no Coritiba, com a Série B nacional e o Estadual de 2010 — aproveitamento de 68,6%, em 88 jogos, com 47 vitórias, 18 empates e 20 derrotas. Na Seleção sub-20, conquistou 72% dos pontos — ganhou 12, empatou cinco e perdeu duas em, 19 partidas.
Além disso, foi campeão mundial e sul-americano. E ganhou a Copa Sul-Americana pelo São Paulo, onde teve 58,6% de aproveitamento — 79 partidas, 41 vitórias, 16 empates e 22 derrotas.

Pelo Vitória, Ney não levantou taça, mas teve bom desempenho. Em 47 jogos, venceu 23, empatou 15 e perdeu nove — 59,5% dos pontos conquistados. Antes do Flamengo, pelo Ipatinga, obteve 65% de aproveitamento, em 60 partidas.

De roupa nova para esquecer dos velhos problemas

O Flamengo estreia técnico e roupa. A torcida poderá ver pela primeira vez a nova camisa em ação. O mais importante, porém, é que os velhos problemas não se repitam. Para isso, Ney Franco tem adotado práticas diferentes de seu antecessor, Jayme de Almeida, que era muito questionado pela diretoria.

Jayme era cobrado por priorizar treinos técnicos e coletivos, além dos dias de descanso, em vez de trabalhar a parte tática. Esta última, porém, tem ganhado atenção especial de Ney, nos primeiros dias como novo técnico.

Outro crítica que Jayme recebia era de subutilizar ou ignorar as estatísticas da equipe técnica. Ney já se debruçou sobre os números e, ontem, tomou os vídeos do analista de desempenho Rafael Vieira como base para a palestra.

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