Por fabio.klotz

Rio - O Flamengo tenta encontrar um rumo em 2016 depois de sucessivos fracassos - o último, a eliminação da Copa do Brasil diante do Fortaleza, na quarta-feira. É consenso no clube de que os resultados acumulados nesta temporada não são proporcionais ao investimento feito pela diretoria desde o ano passado. Mudanças no departamento de futebol não estão descartadas.

Flamengo ainda não deu liga, avalia Rodrigo CaetanoDivulgação

“Imaginávamos que nosso início seria completamente diferente. A minha área não é o campo, mas o Flamengo ainda não conseguiu dar liga e justificar o investimento”, ressaltou o diretor de futebol Rodrigo Caetano, após duas horas de reunião com o vice do departamento, Flavio Godinho, e o presidente Eduardo Bandeira de Mello.

Muricy Ramalho ficará pelo menos até a próxima semana afastado das atividades, recuperando-se de um problema no coração. Somente quando ele voltar algumas decisões poderão ser tomadas, inclusive sobre a continuidade do seu trabalho no clube.

Mesmo pressionado, Caetano se manteve sereno na entrevista. Ele admitiu que a eliminação foi vexatória e pregou diálogo para que os problemas sejam resolvidos.

“Além da frustração, tem a vergonha pela eliminação. O que nos resta é o Brasileiro, que aumenta demais a responsabilidade”, afirmou Caetano, que emendou: “Venho pedir desculpas para o torcedor. Conversamos com o presidente sobre o que precisa ser mudado e aguardamos o Muricy para entendermos juntos o motivo de a equipe não estar rendendo.”

O diretor preferiu não avaliar se o modelo de gestão da diretoria fracassou. Ele evitou também atribuir a um suposto erro de planejamento o fato de o clube não ter encontrado uma solução adequada ao fechamento do Maracanã.

A saga por zagueiros por continua

O vice de futebol do Flamengo, Flavio Godinho, cobrou mais agilidade na solução dos problemas do time. O dirigente, no entanto, freia qualquer radicalismo, por entender que não se pode causar prejuízos à recuperação de Muricy Ramalho, ao jogo contra o Grêmio, domingo, no Sul, e às negociações em curso.

“O Campeonato Brasileiro e a Copa Sul-Americana, as competições que nos restam neste ano, são longas, mas nosso tempo no Flamengo é sempre curto. A torcida espera que tenhamos capacidade de corrigir nossos erros para ontem e fazer com que esse time dê liga. Isso será prioridade absoluta”, disse, ao Globoesporte.com.

Ele também não descartou mudanças: “Persistência é uma superqualidade. Teimosia, não. Se o tempo e os resultados estão insistindo em dizer que devemos mudar, está na hora de parar e reavaliar nossos conceitos. Isso serve para a diretoria, departamento de futebol, comissão técnica e jogadores.”

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