Por fabio.klotz

Rio - A nuvem carregada que paira sobre o Flamengo parece longe de se dissipar. A pressão sobre o diretor-executivo Rodrigo Caetano e o vice de futebol Flavio Godinho é enorme, e o técnico Muricy Ramalho só deve voltar na semana que vem. Ele está em São Paulo fazendo exames após ter sido internado no Rio com arritmia cardíaca. Nesta sexta-feira, os muros do clube foram pichados com dizeres pedindo a saída de parte da diretoria e neste sábado está marcada manifestação contra o departamento de futebol, que promete reunir mais de 120 sócios. De quebra, o Coritiba recusou proposta pelo zagueiro Juninho.

'Ninguém está contente com a situação', diz JuanGilvan de Souza / Flamengo / Divulgação

Uma fresta de raio de sol em meio a esse panorama é a volta de Guerrero. O peruano reassume o comando do ataque após ficar fora do vexame contra o Fortaleza por causa de dores musculares. Alan Patrick pode ganhar uma chance entre os titulares e o time deve trocar o contestado 4-3-3 pelo 4-4-2.

Falta de diálogo

“O Flamengo sempre foi assim. Quando está bom, está muito bom. Quando está ruim, está muito ruim. Ninguém está contente com a situação, mas temos de ser profissionais, frios, para ver onde estamos errando. No mínimo temos de dar uma resposta direta. Nossas pretensões são Libertadores e título”, explicou o capitão Juan, que vem sendo poupado da ira dos torcedores.

A má fase é agravada pela ausência de diálogo. Juan reclamou que o time não conversa em campo, mas não deixou passar em branco o afastamento da diretoria que, apesar de se fazer presente no Ninho do Urubu, evitou o contato com os jogadores após a queda na Copa do Brasil.

“Depois do jogo ainda não houve conversa com os jogadores. Normal que os dirigentes fiquem mais próximos do time quando as coisas não estão bem, dando o suporte necessário. Mas também temos que dar a resposta”, disse Juan, confirmado no time e que terá, mais uma vez, o jovem Léo Duarte como companheiro de zaga, neste domingo contra o Grêmio, em Porto Alegre.

Adriano cobra dívida de R$ 1 milhão

Após escrever em uma rede social que sua possível volta ao Flamengo não depende dele, o atacante Adriano cobra do clube, na Justiça, quase R$ 1 milhão referentes a sua passagem pelo clube em 2009 e 2010.

O jogador do Miami United pede as penhoras das cotas de TV, dos patrocínios e das bilheterias do Flamengo. O caso ainda não foi julgado. O vice-presidente jurídico do clube, Flávio Willeman, disse que o Rubro-Negro não vai comentar o caso.

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