Rio - Sem técnico, após a saída de Muricy Ramalho, e em profunda crise de identidade e de bom futebol, a diretoria do Flamengo tenta apagar o incêndio propondo trégua à torcida. Nesta sexta-feira de manhã, o presidente Eduardo Bandeira, o diretor executivo de futebol Rodrigo Caetano e os jogadores receberam cerca de 20 membros das organizadas, por meia hora, no Ninho do Urubu. A reunião, à portas fechadas, causou constragimento entre os atletas mesmo tendo o encontro tom de conciliação.Principalmente após a tentativa de agressão ao zagueiro Cesar Martins, na noite da última quarta-feira. Quando ele deixava um supermercado ao lado da esposa e do filho de dois anos de idade, foi hostilizado por supostos torcedores do clube, que chegaram a danificar o seu carro.
“Todos conversaram com eles (organizadas), estávamos reunidos nessa sala. Vieram para apoiar, não teve crítica e nem colocaram dedo na cara. O momento que não é fácil. Só vieram apoiar, pois ninguém quer passar por isso. Foi uma coisa agendada”, justificou o lateral Rodinei confirmando a nota oficial divulgada pelo clube de que a reunião estava marcada há pelo menos uma semana.
Mas apesar da aparente cordialidade, a constante presença de torcedores ligados à organizadas no CT preocupam os jogadores. Não custa lembrar que no final de março, o Ninho do Urubu foi invadido por oito torcedores que cobravam uma reação e o fim da má fase.
Inconformada com as eliminações no Campeonato Carioca e Copa do Brasil e com o começo oscilanmte no Brasileiro, os torcedores cobram uma reação imediata e a chegada de reforços. Pelo menos até agora, a diretoria não conseguiu conctretizar nenhuma negociação. Após ser descartado por Diego Polenta, o Flamengo voltou a investir no mercadosul-americano e levou outro não. Desta vez do zagueiro Alejandro Donatti, que comandou o Rosário Central até as quartas de final da Libertadores. O clube argentino não aceitou a oferta de cerca de R$ 4,6 milhões pela compra de 100% dos direitos econômicos de Donatti.
