Rio - A diretoria do Flamengo aguarda os novos capítulos da novela Maracanã. Por enquanto, ainda não há definição de quando o time voltará a usar o estádio. O próximo jogo em casa pela Libertadores será no dia 12 de abril. Mas o acordo que permitiu a operação de ontem foi costurado de forma pontual.
Além de discutir onde receber o Atlético-PR, o comando do clube debaterá nos próximos dias nova estratégia, para o caso de o governo acatar a recomendação do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) e abrir outra licitação para a concessão do estádio.
Antes, a intenção do governo era repassar a concessão, hoje nas mãos da Odebrecht. O Rubro-Negro havia se alinhado com a GL Events e a CSM, sob consultoria da Amsterdam Arenas. Do outro lado, a francesa Lagardère fazia a concorrência. Agora, o Rubro-Negro pode estudar outras formas de parceria.
“Nossas reuniões vinham acontecendo dentro da situação atual, com a perspectiva de transferência da concessão. Se houver uma nova, começa do zero, poderemos discutir com mais propriedade e teremos maior capacidade de interferir para encontrar uma boa solução”, disse o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello.
Ele reivindica para o clube protagonismo na administração do estádio: “O Flamengo, em qualquer situação, tem que ser protagonista porque sempre foi o principal conteúdo do Maracanã, responsável por 70, 80% do movimento financeiro desde a criação do estádio. Acho que, com nova licitação, os clubes, que são o conteúdo principal do Maracanã, vão participar de maneira mais direta. É a chance de corrigir erros do passado. A FGV (Fundação Getúlio Vargas) avançou em novo edital.”