Rio - O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, minimizou a crise deflagrada no departamento médico do clube devido ao processo que resultou na cirurgia realizada no meia Diego, no sábado passado - o jogador passou por uma artroscopia no joelho direito. O desentendimento causou o pedido de demissão do médico Guilherme Runco, irritado pelo suposto descumprimento de um acordo feito com o chefe da equipe médica do clube, Márcio Tannure, para a participação dele no procedimento.
"Não ficou absolutamente nada (de rusga entre as partes). Vou aproveitar a pergunta para reafirmar a nossa confiança total e irrestrita no trabalho do doutor Tannure, do nosso departamento de excelência e performance, que tem resultados para apresentar que vocês todos conhecem. Não tem crise nenhuma. O doutor Tannure é o chefe do departamento. Assim como o Zé Ricardo tem autonomia total para escalar o time dele, o doutor Tannure também tem para escalar os médicos para as missões às quais ele achar que deve", afirmou o presidente rubro-negro.
Bandeira de Mello revelou também que aguarda por uma nova licitação para a concessão do estádio do Maracanã. No mês passado, a empresa francesa Lagardère - com quem o clube se nega a abrir negociações - comprou os direitos pelo estádio junto à construtora Odebrecht, responsável pela reforma da arena para a Copa de 2014. O presidente flamenguista reforçou o interesse do clube em administrar o Maracanã.
"Todo mundo sabe que 80% do movimento financeiro do Maracanã, ao longo dos 67 anos de existência do estádio, desde sempre foi proporcionado pela torcida do Flamengo. E agora, acredito que isso nos leva ao fato de que o futuro do Maracanã não pode ser dissociado do futuro do Flamengo. Estamos aguardando. Tenho plena confiança de que o governador (do Rio, Luiz Fernando Pezão) vai anunciar muito em breve uma nova licitação em que os clubes possam participar com os seus parceiros e a gente poder inaugurar uma nova fase nesse templo do futebol sem confusões, sem problemas", destacou Bandeira de Mello.
O mandatário rubro-negro também deixou claro a intenção de dialogar com os principais rivais cariocas - Fluminense, Vasco e Botafogo - caso o clube obtenha a concessão do estádio.
"Já deixei claro que, se o Flamengo vier a ser concessionário ou parte do consórcio, o Maracanã vai estar sempre aberto para os outros clubes cariocas que ajudaram a construir a história do estádio", completou.
Enquanto o impasse não é resolvido, o Flamengo mandará seus jogos no Luso-Brasileiro, na Ilha do Governador, zona norte do Rio. Bandeira de Mello elogiou as condições do gramado e as instalações do estádio. Ele citou o aspecto "aconchegante" da arena como justificativa para o clube adotá-la como sua "casa" neste ano.