Rio - O Flamengo tenta, pouco a pouco, seguir com a vida. A classificação às quartas de final da Copa do Brasil não foi capaz de amenizar a dor do time, que ainda tem na eliminação na Libertadores uma chaga difícil de cicatrizar. Vencer ainda é o melhor remédio — domingo, a equipe enfrenta o Atlético-PR, pelo Brasileiro. À torcida, porém, há outras formas de tratamento. A expectativa pela contratação de Everton Ribeiro, a iminente estreia de Conca e a volta de Diego em breve são fatores que ajudam os rubro-negros a reagir.
"A pressão não é só para mim, mas para o grupo todo. A gente ficou com uma ferida. Mas temos que arranjar motivação", disse, ao desembarcar no Rio, em meio a protestos contra o presidente Michel Temer, o garoto Matheus Sávio, que tenta se livrar dos efeitos colaterais de ter sido eleito vilão do fracasso na Libertadores. Foi dele o gol da vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-GO, na quarta-feira.
A palavra ferida já havia sido utilizada por Guerrero, logo após a partida, em entrevista à 'Fox Sports'. Segundo o peruano, os sintomas são sentidos em campo: "A ferida está aberta. Eu e meus companheiros ficamos pensando que poderíamos ter dado um pouco mais. Temos de esquecer, há muitos campeonatos importantes para sairmos campeões. Às vezes abate, desconcentra e atrapalha no jogo. A ferida está aberta, isso é inegável. A gente não comemora, apesar da classificação. Dói muito. Temos de esquecer, porque as vezes atrapalha no jogo".
Reencontrar o Atlético-PR, time que se classificou para as oitavas de final da Libertadores no mesmo grupo do Flamengo, é jogar sal na ferida. Menos machucados por não terem jogado, Diego e Conca trabalharam ontem, no Ninho do Urubu, enquanto quem viajou tirou o dia de descanso. O argentino está liberado para jogar.