Rio - O meia Ederson, do Flamengo, foi diagnosticado com um tumor no testículo. O anúncio foi feito na manhã desta terça-feira, em entrevista coletiva do camisa 10 ao lado do médico Márcio Tannure e do presidente Eduardo Bandeira de Mello.
O jogador ficará afastado dos gramados para remover o tumor e realizar tratamento necessário. Tannure explicou que exames antidoping detectaram uma alteração no nível hormonal do atleta na última semana. Novos exames foram feitos e indicaram a presença do tumor.
"O atleta teve resultado analítico adverso positivo para doping. A gente suspeitou que pudesse, por todo histórico do atleta, com toda a confiança que a gente tem nele, que isso pudesse ser patologia do atleta. Então, descobrimos que o atleta tem tumor no testículo", informou Tannure.
Ederson tem sofrido com diversas lesões desde que chegou ao Flamengo. A última, há quase um ano, deixou o jogador pouco mais de nove meses fora dos gramados.
"Nesse momento é até difícil de ter palavras, me impactou muito. Mas agora sabendo de tudo, como doutor explicou, estou triste por essa notícia. Porém, estou muito tranquilo, ciente dos dias que virão pela frente. Sei que vai ser só mais uma batalha na minha vida. Pensamento positivo, agradecer a todos, da comissão, do clube. Fiz questão de reunir e explicar para eles", disse o meia.
Outros atletas já foram diagnosticados com a mesma doença, e seguiram a carreira. O pivô brasileiro Nenê Hilário, por exemplo, precisou retirar um tumor maligno de um dos testículos, em 2008.
Segundo o médico do clube, há a possibilidade do jogador ser submetido a uma quimioterapia, mas isso ainda será analisado. Márcio Tannure preferiu não dar nenhuma previsão para o retorno de Ederson.
"Não gostaria de dar nenhuma previsão. Tratamento é cirúrgico, para retirada dessa lesão. Vai acontecer até o fim da semana, terminando exames. Após a cirurgia, vai ser detectado a gravidade e vamos poder dar parecer. Existe possibilidade (de quimioterapia). Vai depender da biópsia para ver se existe a possibilidade de quimioterapia. Independentemente disso, prognóstico final é bom de recuperação", disse.
Reportagem do estagiário Yuri Eiras*