Rio - Diego foi de ídolo da torcida do Flamengo e herói da semifinal da Copa do Brasil a vilão. Uma fase ruim que se prova em números. O erro na disputa de pênaltis, na final contra o Cruzeiro, custou ao Rubro-Negro o título e, ao meia, parte do prestígio com a Nação. Nas redes sociais, alguns de seus seguidores o atacaram nos comentários do post publicado pelo meia antes da partida. Além da cobrança que foi defendida por Fábio, a atuação do jogador durante os 90 minutos também foi alvo de críticas.
A queda de rendimento de Diego tem como marco a cirurgia no joelho direito, em abril. E foi acompanhada da decaída do desempenho do time, que tem, com o técnico Reinaldo Rueda, um aproveitamento inferior ao dos tempos de Zé Ricardo.
Antes de se machucar, Diego disputou 30 jogos pelo Flamengo e marcou 12 gols — média de 0,4 por partida. Depois da operação, o meia atuou 26 vezes, mas só botou seis bolas na rede — o índice despencou para 0,23.
A má fase trouxe outros prejuízos, antes do vice da Copa do Brasil. Contra o Palmeiras, por exemplo, quando o Flamengo alimentava a esperança de alcançar o Corinthians no Brasileiro, o meia perdeu o pênalti que poderia ter dado a vitória ao RubroNegro — o duelo estava empatado em 2 a 2 e assim permaneceu até o fim. Duas rodadas depois, desperdiçou chance clara, quase no fim no empate
em 1 a 1 com o Timão.
Mesmo assim, alguns lampejos impediam que o brilho do astro se perdesse. Diante do Botafogo, após jogada genial de Berrío, Diego venceu Gatito Fernández e classificou o Flamengo à decisão, já sob o comando de Rueda. Resta saber como ficará o relacionamento entre o atleta e a torcida. O reencontro será no Fla-Flu do dia 12 de outubro.
Com o treinador, não só Diego caiu de produção. Em 12 jogos sob o comando do colombiano, o time obteve cinco vitórias, seis empates e uma derrota. O aproveitamento de 58,3% é inferior ao de 62,8% da época de Zé Ricardo.
O Flamengo de Rueda não marcou gol em 25% dos jogos, enquanto o de Zé Ricardo passou em branco em 17%. Se o colombiano arrumou a defesa, agora, precisa ajustar o setor ofensivo.
Com o término da Copa do Brasil, Rueda terá o desafio de recuperar o futebol de Diego, que passa a conviver com a sombra de Everton Ribeiro. Este já atuou ao lado do camisa 35, mas pode também mandar o companheiro para o banco de reservas, caso o treinador escolha usar apenas um de cada vez.