Rio - O sistema defensivo do Flamengo, que Reinaldo Rueda parecia ter organizado, dá sinais de que não está tão em ordem assim. A média de gols sofridos saltou de 0,41 para 1,22, após o vice da Copa do Brasil. Já a de assinalados a favor cresceu timidamente de 1,16 para 1,22. Os números mostram que o técnico colombiano terá muito trabalho ainda para apresentar alguma evolução.
Nas últimas duas partidas, o time foi vazado seis vezes empate em 3 a 3 com o Fluminense e derrota por 3 a 1 para o Grêmio. Nos nove compromissos desde a derrota nos pênaltis para o Cruzeiro, 11 bolas balançaram a rede rubro-negras mesma quantidade de gols feitos.
Antes da perda do título da Copa do Brasil, o desempenho era bem diferente. Em 12 confrontos, o Flamengo sofrera cinco gols e fizera 14.
Com isso, o aproveitamento da equipe despencou. Até a decisão perdida para o time mineiro, o índice era de 72,22% vencera cinco vezes, empatara seis e perdera uma. Agora, está em 44,44% ganhou três, mesmo número de empates e derrotas.
Após cair diante do Grêmio, Rueda assumiu a culpa, embora tenha negado qualquer erro de escalação ou de estratégia. O treinador se viu obrigado a escalar a dupla de zaga reserva, com Rhodolfo e Rafael Vaz; colocou Renê, que tem maior poder defensivo do que Trauco; e optou por Márcio Araújo para a vaga de Diego. Rueda só usou as duas últimas substituições depois de o time comandado por Renato Gaúcho marcar o terceiro gol.
Os problemas de Rueda se acumulam. Réver sofreu uma lesão no joelho direito e só deve retornar no final do mês. Já Juan, com dor na coxa direita, continua em tratamento. Ele será reavaliado hoje, no Ninho do Urubu, para saber se terá condições de voltar ao time amanhã, contra o Cruzeiro, às 21h45, na Ilha.
O treinador terá também que decidir quem substituirá Diego o meia se apresenta hoje à Seleção. Na frente, Rueda perdeu Berrío, que operou o joelho esquerdo, e Guerrero, flagrado no antidoping.