Rio - Vem dos céus a esperança do Flamengo de driblar o trauma da Libertadores. Não por orações, mas de avião fretado. Sem Lucas Paquetá, que chegará com Cuéllar dos Estados Unidos a fim de enfrentar o Corinthians, amanhã, às 21h45, no Maracanã, pela semifinal da Copa do Brasil, o Rubro-Negro perdeu para o Cruzeiro, em casa, o primeiro confronto das oitavas de final da Libertadores, por 2 a 0. A expectativa de ter o meia em boas condições é cultivada num terreno inundado por insatisfações e desconfiança.
Entre Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores, o Flamengo atuou cinco vezes sem Paquetá este ano: ganhou duas e perdeu três aproveitamento de 40%. Com o meia, o desempenho salta para 63,44% 16 vitórias, 11 empates e quatro derrotas, em 31 partidas.
A semente da indignação rubro-negra foi plantada pela convocação do meia para os amistosos da seleção brasileira contra Estados Unidos e El Salvador. A recusa da CBF em remarcar a semifinal de amanhã serviu de fertilizante.
Tite garantiu que Paquetá não atuará por tempo suficiente para que haja desgaste, hoje, contra El Salvador. No entanto, a ausência dele nos treinos do Flamengo e o fato de ele ter que enfrentar uma viagem na madrugada do dia da partida são vistos como fator de desequilíbrio.
A Colômbia, de Cuéllar, enfrenta a Argentina esta noite. O volante ficou o tempo todo no banco contra a Venezuela, sexta-feira passada.
O sentimento cresceu ainda mais com o anúncio de Bráulio da Silva Machado como árbitro do duelo. O juiz apitou o jogo do Flamengo contra o Palmeiras e recebeu duras críticas dos cariocas por ter dado apenas cartão amarelo a Felipe Mello, após forte entrada em Vinicius Júnior.
"Só por ele ter sido incluído no sorteio demonstra falta de respeito ao Flamengo. Isso, a convocação do Paquetá para um amistoso inexpressivo e a negativa em adiar a partida para são evidências da interferência no equilíbrio da competição. Absolutamente revoltante", disse o presidente Eduardo Bandeira de Mello em entrevista ao site 'globoesporte.com'.