Rio - O Flamengo ainda sonha com grandes conquistas na temporada, mas precisa fazer as pazes com as redes para dar alegrias à torcida. Os três centroavantes do elenco não fazem gol há um mês. Apesar de ter o quarto melhor ataque do Campeonato Brasileiro, o desempenho ofensivo da equipe despencou a partir de agosto, justamente quando começou uma sequência decisiva. No período, o time perdeu a liderança e foi eliminado nas oitavas de final da Libertadores.
No Brasileiro, foram sete gols nos últimos oitos jogos, somente quatro deles no Maracanã. A média de 0,875 por partida é metade da que tinha no período anterior a agosto.
O rendimento do ataque é ainda pior nas competições de mata-mata. Em cinco jogos (dois pela Libertadores e três pela Copa do Brasil), a equipe só balançou as redes em duas oportunidades, apenas uma jogando em casa. Alvo de fortes críticas dos jogadores, o gramado do Maracanã é apontado com um dos responsáveis pelo mau momento.
"A gente tem que tomar a iniciativa do jogo, tentar impor nosso toque de bola e (o gramado) acaba dificultando. Lá (no Itaquerão) teremos um campo melhor para jogar, onde a bola corre melhor e isso nos ajuda", disse o meia Everton Ribeiro, após o empate em 0 a 0 com o Corinthians, na quarta-feira, referindo à partida de volta, no dia 26, em São Paulo.
A escassez de gols do Rubro-Negro também passa pela má fase dos centroavantes. Uribe, Henrique Dourado e Lincoln, que têm se revezado na posição, completaram um mês sem marcar o último foi do Ceifador, na vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, dia 12 de agosto, pelo Brasileiro. Apesar das muitas oportunidades, nenhum deles se firmou como titular e parte da torcida já pede uma chance a Vitor Gabriel, de 18 anos, destaque da categoria sub-20.
Contratação mais cara da história do clube, Vitinho ainda não engrenou. O atacante só marcou uma vez nos 13 jogos que disputou, na derrota por 2 a 1 para o Internacional. As más atuações já tiraram a paciência da torcida, que o vaiou ao ser substituído contra o Corinthians. Diego e Lucas Paquetá, peças-chave da equipe de Barbieri, também caíram de produção no pós-Copa.
EVERTON RIBEIRO SE DESTACA
O ponto fora da curva no segundo semestre é o meia Everton Ribeiro. Vivendo o melhor momento no clube, o camisa 7 participou de cinco dos nove gols que o time marcou desde agosto, com assistências ou balançando a rede. Foi dele o gol que classificou o time às semifinais da Copa do Brasil, contra o Grêmio, no Maracanã.