
Rio - Questionado, o técnico do Flamengo, Mauricio Barbieri, depende de uma retomada imediata da boa fase para se segurar no cargo. De preferência, a partir de domingo, contra o Atlético-MG, às 16h, no Maracanã. Uma eliminação da Copa do Brasil, por exemplo, não deve ser tolerada pela parte da diretoria que pressiona o presidente do clube, Eduardo Bandeira de Mello, pela troca de comando. A situação poderá ficar insustentável. Ontem, o vice de futebol Ricardo Lomba ratificou a confiança no trabalho. A atitude que poderia deixar o treinador tranquilo, no entanto, costuma, na cultura do futebol, ser o prefácio da mudança.
"É o nosso treinador. A gente confia e acredita nele. Esperamos que consiga reverter o momento. A segurança que Barbieri tem é a mesma de qualquer um. Temos que render nas nossas áreas, entregar resultado. Não há estabilidade. Não há servidor público. Todos são avaliados e têm que apresentar resultados", disse o dirigente, durante o lançamento de sua candidatura à sucessão de Bandeira, num hotel em Ipanema.
Barbieri tem apoio valioso. Bandeira sustenta a ideia de que não seria boa uma troca neste momento da temporada. Mas Lomba garante que tem liberdade para decidir.
"O regime é presidencialista, mas cada vice-presidente tem que ter autonomia. E eu tenho toda autonomia para tocar os rumos do futebol. Obviamente que, por respeito à estrutura hierárquica do clube, eu converso com o presidente", afirmou Lomba, que reafirmou a intenção de contratar um coordenador técnico.
O zagueiro Léo Duarte defendeu o treinador: "Nós temos total confiança no Barbieri. É o nosso treinador. É quem a gente quer. Há muito tempo não tínhamos uma semana livre, o que dificulta nosso trabalho".