Barbieri vive momento delicado  - Gilvan de Souza / Flamengo
Barbieri vive momento delicado Gilvan de Souza / Flamengo
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Rio - Mais do que a 14ª eliminação durante a gestão de Eduardo Bandeira de Mello, a derrota por 2 a 1 para o Corinthians, que determinou a eliminação na semifinal da Copa do Brasil, afundou de vez o Flamengo na crise. Às vésperas das eleições presidenciais e a 12 jogos do fim da temporada, o clube se transformou em uma panela de pressão diante das indefinições sobre o futuro, encabeçadas pela permanência de Mauricio Barbieri no comando do time.

Única possibilidade de título restante, o Brasileiro é a esperança de um final feliz para a torcida rubro-negra, que não vê uma conquista expressiva desde a Copa do Brasil de 2013. Na quarta colocação, com 48 pontos, três a menos do que o líder São Paulo, o clube já encara a cobrança das arquibancadas. Na partida contra o Atlético-MG, no domingo passado, uma torcida organizada exibiu uma faixa com os dizeres: "O Brasileiro é obrigação".

Mas, ao mesmo tempo em que sonha com o hepta, o Flamengo está atento à briga por uma vaga na Libertadores. Seguido de perto pelo Grêmio, quinto colocado, a equipe tenta pelo menos terminar o campeonato no G-4 para ir direto à fase de grupos as chances são de 56%, segundo o matemático Tristão García.

Além dos problemas dentro das quatro linhas, o clube está em ebulição às vésperas da eleição presidencial, que acontecerá em dezembro. A chapa da situação, que terá Ricardo Lomba como candidato, conquistou ontem, na Justiça, o direito de usar a cor azul. O principal opositor de Bandeira, Rodolfo Landim, também reivindicava o uso do azul, mas deve utilizar a cor verde.

BANDEIRA X TORCEDOR

O clima quente teve reflexos até mesmo no embarque do presidente Bandeira de Melo para o Rio. À espera de um voo, ele discutiu com um torcedor que começou a cobrá-lo no aeroporto em São Paulo. "Você é muito valente... Me respeita! Sou torcedor desde antes de você nascer", disse Bandeira.

A eliminação na Copa do Brasil, que fez o clube deixar de faturar pelo menos R$ 20 milhões, refletirá nas finanças. O dinheiro estava previsto no orçamento pela diretoria, que, agora, estuda pegar um empréstimo para fechar a conta de uma temporada com alto investimento e baixíssimo retorno.

 

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