Rio - A derrota do Flamengo por 2 a 1 para o Corinthians, quarta-feira, no Itaquerão, que tirou o Rubro-Negro da final da Copa do Brasil e lhe causou a terceira eliminação de uma competição em 2018, deixa no ar um questionamento. De que adianta investir tanto para ter pouco resultado em campo?
Nos primeiros nove meses do ano, o clube investiu R$ 154,5 milhões. Só na aquisição de reforços foram desembolsados R$ 64,5 milhões, distribuídos em R$ 11,5 milhões para tirar o atacante Henrique Dourado do Fluminense, em fevereiro; R$ 43 milhões para tirar o atacante Vitinho do CSKA Moscou, da Rússia, em julho; e R$ 10 milhões para tirar o volante paraguaio Piris do San Lorenzo, da Argentina, em agosto.
Isso sem contar com os cerca de R$ 10 milhões mensais que paga em salários. Ou seja, todo esse gasto para cair nas semifinais do Campeonato Carioca e da Copa do Brasil, além das oitavas de final da Libertadores. As chances de título do Brasileirão, segundo o site Infobola, são de apenas 4%.
O custo do Flamengo com o elenco, até setembro, é maior do que a soma dos custos de seus três arquirrivais cariocas, que chegam a R$ 99 milhões. Vasco que não passou da primeira fase da Libertadores , Fluminense e Botafogo não gastaram em contratações. O Vasco tem folha salarial de 5 milhões (R$ 45 milhões em nove meses), enquanto Botafogo e Fluminense têm, cada um, R$ 3 milhões (ou R$ 27 milhões, cada, até setembro). Os três não têm chances de título no Brasileirão, mas Flu e Bota ainda podem beliscar a Sul-Americana estão nas oitavas de final. O Alvinegro, aliás, tira a onda de ter sido campeão carioca após eliminar o Fla na semifinal.
