Flamengo comemora gol contra o Palmeiras na final da Mercosul; classificação nas semifinais foi sobre o Peñarol - Arquivo/Agência O Dia
Flamengo comemora gol contra o Palmeiras na final da Mercosul; classificação nas semifinais foi sobre o PeñarolArquivo/Agência O Dia
Por Yuri Eiras
A missão do Flamengo contra o Peñarol é daquelas que deixam torcedores e jogadores apreensivos. Nunca foi fácil encarar os uruguaios em Montevidéu, ainda mais numa partida decisiva, com o estádio abarrotado. O clima deve ser esse hoje à noite no estádio Campeón del Siglo, às 21h30, em partida válida pela última rodada da fase de grupos da Libertadores. Há vinte anos, em dezembro de 1999, o time da Gávea se classificava à final da Copa Mercosul em jogo que acabou em chutes, socos e correria. Os rubro-negros querem repetir a dose: sair do Uruguai com a vaga na mão, mas ilesos desta vez. O vencedor do duelo termina na primeira colocação do Grupo D.
Em 1999, Reinaldo era um jovem formado na Gávea, mas que ainda não tinha mostrado potencial nos profissionais. O falecido técnico Carlinhos deu o ultimato no estádio Centenário: ou joga bem, ou não terá mais oportunidades. "Aquele jogo foi o mais importante da minha carreira. Nunca mais vou esquecer o Carlinhos falando comigo no vestiário que era a minha última chance. Ali consegui fazer meu primeiro gol, um golaço (pancada de fora da área), sofri um pênalti e saímos com a classificação", relembra o atacante de 40 anos, hoje no Brasiliense. O Flamengo se classificou com derrota de 3 a 2 (venceu por 3 a 0 a ida), e se sagrou campeão da Mercosul ao bater o Palmeiras na decisão.
Decisão da Copa Mercosul - Flamengo x Palmeiras. - Arquivo/Agência O Dia
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O jogo, no entanto, terminou em pancadaria generalizada. Justamente o que o clube teme que se repita na noite de hoje - a segurança, inclusive, foi reforçada. Ao final da partida, os uruguaios resolveram partir pra cima dos brasileiros. O Flamengo precisou correr para o vestiário. Athirson conta o motivo da briga: "quando eu fui bater o pênalti do gol lá no Uruguai, houve uma desavença minha com um jogador deles. Ele provocou, eu revidei também e acabou que depois que conseguimos a vitória, literalmente a porrada comeu solta. Alguns jogadores nossos como Clemer e Fabão tentaram segurar a onda, mas todos tivemos que correr para o vestiário, pois entrou a polícia e torcida".
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O ex-goleiro Clemer até hoje acredita que a confusão foi planejada. "O lamentável foi o que aconteceu no final. Foi bem armado", recorda o jogador, que não fugiu da briga naquela ocasião. Aposentado há mais de 10 anos, ele vê o Flamengo bem preparado para sair com a vitória, mas pede cuidado. "O time do Flamengo atualmente é bem melhor, mas jogar com esses uruguaios é sempre difícil. São aguerridos".
Para Reinaldo, aquele campeonato de 1999 foi fundamental para a carreira. "Tínhamos seis jogadores da base naquele jogo contra o Palmeiras, que era uma máquina. Eu só estou aqui agora por causa daquele jogo. Entramos para a história do clube".
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