Por O Dia

O grito de 'O Maraca é nosso' tem feito mais sentido para rubro-negros e tricolores desde abril, quando Flamengo e Fluminense assumiram de forma compartilhada a gestão do Maracanã. Hoje, às 19h, o estádio recebe o primeiro Fla-Flu com os dois arquirrivais como novos donos e parceiros, sendo que o lado da Gávea tem muito mais motivos para comemorar.

Desde que o Governo do Estado rompeu com a concessionária que administrava o estádio e oficializou a gestão temporária por seis meses, em 12 de abril, cada clube tem cinco jogos na administração do Maracanã. E só o Flamengo tem lucro considerável, ganhando mais do que antes. O diferencial em relação ao rival é a lotação do estádio: o Rubro-Negro tem média de 52.255 torcedores presentes contra Vasco (final do Carioca), Cruzeiro, Chapecoense, Athletico-PR e Corinthians. Todas deram lucro.

Contra os paulistas, o Maracanã teve público de 60.171 pessoas. A receita foi de R$ 3.571.041,25, enquanto a despesa — custos operacionais, aluguel, entre outros — foi de R$ 1.671.664,45. O lucro de R$ 1.832.898,61 é recorde do clube em 2019, algo inimaginável com os gastos na outra gestão. No maior público do ano, Flamengo x Peñarol com 66.716 torcedores, a receita foi de R$ 2.672.773,50 e o saldo de R$ 863.111,16. Sem contar que o Rubro-Negro agora leva mais dinheiro de bares e estacionamentos, valor não divulgado.

Em comparação, o Fluminense — que por não ter Certidão Negativa de Débito (CND) não pôde assinar contrato com o Governo e entrou como parceiro do Flamengo — ainda não tem motivos para comemorar. Assumir a administração do Maracanã, até agora, fez o Fluminense atenuar os prejuízos. Em cinco jogos — Goiás, Botafogo, Cruzeiro (duas vezes) e Atlético Nacional-COL —, o Tricolor teve média de 19.562 presentes, o que dificultou na hora de arrecadar. Só ficou no azul na partida pela Copa Sul-Americana, em seu melhor público do ano (28.441 presentes), com saldo de R$ 78.572,77 de uma receita líquida de R$ 761.850,00 (despesa de R$ 680.427,44).

Nos outros quatro jogos, o Fluminense amargou prejuízos menores do que nos tempos da Concessionária Maracanã, com a diminuição dos gastos, que ainda são grandes: média de mais de R$ 400 mil. Entretanto, o Tricolor vê de outra maneira, já que obteve o dinheiro com bares e estacionamentos, o que teria compensado o déficit nas operações.

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