O rubro-negro Gerson e o palmeirense Luiz Adriano estão entre os reforços dos elencos milionários que se enfrentam hoje - Rodrigo Gazzanel
O rubro-negro Gerson e o palmeirense Luiz Adriano estão entre os reforços dos elencos milionários que se enfrentam hojeRodrigo Gazzanel
Por O Dia

Rio - É real, euro, dólar, passe fixado, direitos econômicos, multa rescisória. Torcedores de Flamengo e Palmeiras estão se acostumando cada vez mais com o vocabulário do 'economiquês'. Se Flamengo x Vasco é conhecido como o 'Clássico dos Milhões', o duelo entre Rubro-Negro e Verdão, hoje, às 16h, no Maracanã, pode ser batizado como 'Clássico dos Milionários'. Nos últimos dois anos, os dois clubes mais ricos do país já gastaram mais de R$ 300 milhões em transações. 

Cada clube teve uma estratégia diferente para chegar ao patamar milionário. Em 2015, o Palmeiras anunciou parceria com a Crefisa, empresa de crédito pessoal. O patrocínio, encabeçado pela presidente da empresa Leila Pereira, ajudou a sanar as dívidas do clube, e o contrato renovado pode render mais de R$ 400 milhões ao clube paulista até 2021. Desde 2018, o Palmeiras se reforçou com jogadores badalados, como o ex-Santos Lucas Lima, o goleiro Weverton, campeão olímpico em 2016, e o promissor Gustavo Scarpa. O ex-Fluminense, por exemplo, custou seis milhões de euros (R$ 23,5 milhões). 

O elenco é recheado de bons jogadores, e Felipão tem tido até dificuldades para colocar todos em campo. É criticado, por exemplo, quando insiste em Deyverson, atacante menos conhecido que os demais colegas. O técnico, aliás, está pressionado após a eliminação nas quartas de finais da Copa Libertadores para o Grêmio. Nesta temporada, o Palmeiras contratou nomes como Luiz Adriano, Ramires, Henrique Dourado e Ricardo Goulart — o último ficou apenas quatro meses e voltou para a China.

Já a estratégia do Flamengo foi a de austeridade financeira durante algumas temporadas para sanar as dívidas e colher os frutos no futuro. E o futuro parece ter chegado. Depois de amargar decepções com elencos enxutos e baratos, a nova diretoria pôde gastar mais de R$ 200 milhões em contratações só em 2019: Arrascaeta custou cerca de R$ 80 milhões, segundo balancete do clube; Bruno Henrique, R$ 23,9 milhões; R$ 21 milhões foram gastos com Rodrigo Caio. Mais recentemente, o presidente Rodolfo Landim desembolsou R$ 49 milhões por Gerson e R$ 5,5 milhões por Pablo Marí.

A tendência é que a dupla endinheirada brigue por todos os campeonatos que disputar, como o Brasileiro. Três pontos separam o Verdão (30) do Rubro-Negro (33).

 

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