Arrascaeta posou para foto com a equipe médica do Flamengo
 - Arquivo Pessoal
Arrascaeta posou para foto com a equipe médica do Flamengo Arquivo Pessoal
Por Venê Casagrande
Rio - O Flamengo fez de tudo para esconder a escalação de Arrascaeta e Rafinha na partida contra o Grêmio, na última quarta-feira, no Maracanã, que sacramentou a classificação da equipe à final da Libertadores. O meia passou por artroscopia no joelho esquerdo no dia 4 de outubro e tinha presença incerta na semifinal. Já o lateral foi submetido à cirurgia na face, há sete dias antes do confronto com o Tricolor, e também era dúvida para o duelo. Filipe Luís, que sofreu entorse no joelho esquerdo, já tinha ficado pronto para o Fla-Flu do último domingo, em menos de 15 dias, o que surpreendeu.

Para ter os dois à disposição, o departamento médico do Flamengo fez uma força-tarefa nos bastidores. Como Arrascaeta exigia uma preocupação maior, por conta da gravidade da lesão, os fisioterapeutas e médicos do clube traçaram um 'plano de guerra' com um objetivo: ter o uruguaio à disposição no time titular para enfrentar o Grêmio. A missão foi dada e cumprida com sucesso. O camisa 14 não só iniciou a partida como ficou em campo até a metade do segundo tempo.
No planejamento, que começou no dia seguinte à cirurgia no joelho de Arrascaeta, o tratamento seria em três turnos, com fisioterapeutas indo, inclusive, à residência do jogador para que o processo de recuperação fosse feito com êxito. 
Arrascaeta ficou em campo até a metade do segundo tempo e mostrou estar bem fisicamente - Alexandre Vidal/Flamengo
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O 'armamento de guerra' dos funcionários eram equipamentos de primeira linha, disponibilizados pelo clube, que investe pesado também fora das quatro linhas. Veja abaixo alguns aparelhos utilizados pelos fisioterapeutas:
Equipamentos utilizados pelos fisioterapeutas do Flamengo no tratamento dos jogadores lesionados - Reprodução: Instagram/Fabiano Bastos
Rafinha também foi alvo da 'tática de guerrilha' do departamento médico do Flamengo para a semifinal. O clube também contou com a sorte, já que a lesão na face do atleta não foi classificada como 'grave' pela equipe médica que o operou. Depois que o jogador se apresentou, no dia 17 de outubro, para iniciar a recuperação, Márcio Tannure tratou de providenciar um capacete, à lá Peter Cech, para que o camisa 13 tivesse a segurança ideial para poder entrar em campo e não correr risco de levar uma pancada no local do procedimento no rosto.
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Com o capacete em mãos, Rafinha precisava apenas do aval de Augusto César, médico que o operou. Augusto foi ao Ninho do Urubu na tarde de quarta-feira para avaliar o jogador - esse procedimento é praxe em procedimento o qual o camisa 13 foi submetido - e deu o 'ok' para o lateral-direito entrar em campo.
Rafinha e o seu capacete à lá Peter Cech contra o Grêmio - Alexandre Vidal/Flamengo
Retorno de Diego também é uma vitória do departamento médico:
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As conquistas do departamento médico do Flamengo não se restringem a Arrascaeta e Rafinha. No segundo tempo, Diego entrou na vaga de Gerson e sacramentou o retorno aos gramados depois de uma grave cirurgia no tornozelo esquerdo, no fim de julho. À época, o prazo de retorno do camisa 10 informado pelo clube foi de "quatro a cinco meses". Porém, a força de vontade do jogador somada ao bom trabalho dos profissionais nos bastidores resultou em uma volta do atleta menos de três meses depois da operação.
Diego voltou a atuar menos de três meses após uma grave cirurgia no tornozelo esquerdo - Alexandre Vidal/Flamengo
Durante todo o período de recuperação de Diego, era comum ver publicações do meia mostrando a visita dos profissionais do Flamengo a sua casa. No caso do camisa 10, o nutricionista também fez parte do processo e, constantemente, mudava o plano alimentar do jogador. Além disso, o clube adquiriu um equipamento extremamente moderno, que poucos clubes têm condições, para fazer um trabalho especial no tornozelo esquerdo do atleta e acelerar a cicatrização no local.
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Elogios dos jogadores ao departamento médico:
Após a classificação do Flamengo à final da Libertadores, Arrascaeta fez questão de enaltecer o trabalho dos médicos do clube para que ficasse à disposição de Jesus na partida contra o Grêmio, menos de 20 dias após uma artroscopia no joelho esquerdo. O camisa 14 posou para foto (imagem na capa da matéria) e escreveu
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"Antes quero parabenizar todos eles (médicos) e os que faltam do departamento médico, preparadores físico e os meninos da base que me ajudaram a poder voltar para esse grande jogo"
Na coletiva de imprensa, Everton Ribeiro seguiu o discurso do companheiro e elogiou o desemprenho dos profissionais responsáveis pelo tratamento dos jogadores que eram dúvida para o duelo por conta de lesões e do retorno precoce de Diego aos gramados
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"Muito bom trabalho deles que fizeram de tudo para que Arrascaeta chegasse bem no jogo, pronto para jogar, sem ter medo. Tem que falar de Diego também. Que veio de uma lesão muito grave. Tem a parte do departamento médico, mas tem a parte dos jogadores, que fizeram de tudo. Tem que dar os parabéns para esse grande departamento médico que não mede esforços, até em casa eles vão. Isso é um conjunto: fisioterapia, massagem, alimentação."
 
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