Estádio do Flamengo, conhecido como Ilha do Urubu, no bairro da Ilha do Governador, Zona Norte do Rio. - Givan de Souza / Agência O Dia
Estádio do Flamengo, conhecido como Ilha do Urubu, no bairro da Ilha do Governador, Zona Norte do Rio.Givan de Souza / Agência O Dia
Por O Dia
Rio - O Flamengo foi cobrado na Justiça para pagar uma dívida à Portuguesa-RJ, que ultrapassa o valor de R$ 400 mil, devido ao desabamento de duas torres de iluminação em 2018, na Ilha do Urubu, estádio cujo o time mandou os seus jogos na temporada 2017 e 2018, na Ilha do Governador. As informações são da "ESPN".
Um forte temporal na madrugada do dia 14 para o dia 15 de fevereiro, no Estado do Rio de Janeiro, que causou 4 mortes, motivou a queda das estruturas no estádio do clube carioca. 
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Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo na época, investiu cerca de R$ 20 milhões para fazer melhorias no estádio da Portuguesa-RJ. De acordo com a diretoria lusitana, além do contrato de locação o clube informa que também houve acordo referente  aos refletores. 
"Fizemos um aditivo no contrato de locação disponibilizando um espaço ao lado do campo de jogo para que o Flamengo movesse as duas torres para que elas passassem pela perícia. O aditivo previa o uso do espaço por um determinado prazo, 90 dias, depois seria gerada multa diária de R$ 500", disse o diretor jurídico da Portuguesa-RJ, Antonio Carlos Moura, para a ESPN.
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"O Flamengo não retirou as torres dentro do prazo. Fizemos vários contatos e eles se mantiveram inertes. Aguardamos um posicionamento da atual diretoria. Alegaram que foi um acordo firmado com outra gestão, mas isso não tem base legal. O acordo foi com o Flamengo. O CNPJ de 2018 é o mesmo de agora. Diante disso, nosso presidente determinou executar o contrato. Entramos com a ação cobrando o valor da multa pelos dias de descumprimento. O caso está na comarca regional da Ilha do Governador", afirmou Moura.
Segundo Marcelo Barros, presidente da Portuguesa da Ilha, o prejuízo ultrapassa o valor da dívida.
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"As torres estão em um espaço inadequado, que foi cedido temporariamente, pois acreditamos que o Flamengo cuidaria disso. Não eram para ainda estarem lá. Estão largadas no tempo, enferrujando, numa área que a gente poderia usar para eventos, feiras, estacionamento... Acabou inviabilizando outras receitas da Portuguesa. E não podemos retirar. É preciso de um guindaste", disse Barros.
A reportagem entrou em contato com o Flamengo que preferiu não fazer comentário sobre o caso, alegando ser um "assunto confidencial".