Renato GaúchoAlexandre Vidal / Flamengo

Paraguai - Além da grave lesão sofrida por Victor Salazar, do Olimpia, a partida da Libertadores envolvendo o clube paraguaio e o Flamengo teve uma outra nota triste. A delegação brasileira foi vítima de injúria racial. Em entrevista após o fim da partida, o técnico Renato Gaúcho falou sobre a situação.
"Infelizmente tem acontecido no mundo isso, injúria racial. Cobrei muito do quarto árbitro, do delegado do jogo, passamos para a nossa diretoria. Eles vão tomar as devidas providências. Isso choca, isso entristece. É uma coisa muito triste, que acontece não só no Brasil, mas no mundo todo. Nós, profissionais, temos a chance de falar e nos manifestar. É importante cobrar isso para que as autoridades possam tomar as previdências. Agora é com a diretoria do clube", afirmou.
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As manifestações racistas partiram de alguns torcedores do Olimpia. O principal alvo foi o goleiro Gabriel Batista. Alguns jogadores do Flamengo, que estavam no banco de reservas, bateram boca com torcedores como Rodinei e Matheuzinho. A situação começou no primeiro tempo e continuou na volta para a segunda etapa. Antes do recomeço da partida, Renato Gaúcho avisou ao quarto árbitro e ao delegado da partida. No fim do jogo, Gabigol também ouviu injúrias raciais quando se dirigiu para a entrevista coletiva.
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Sobre o rendimento dentro de campo, Renato Gaúcho fez questão de ressaltar o poder de recuperação do Flamengo, após ser goleado no último domingo para o Internacional, no Maracanã.
"Acima de tudo, preciso treiná-los de todas as formas. Estou muito feliz com o meu grupo. Infelizmente tivemos essa derrota. Não estivemos tão bem quanto nos outros jogos. O Inter soube aproveitar as oportunidades e nos venceu merecidamente. O Flamengo não é o melhor time do mundo, e os melhores times também perdem. Sempre tiramos proveito das derrotas e das vitórias. Sempre tenho que corrigir algo no time. O torcedor pode ficar tranquilo, porque trabalho não falta", disse.